10 livros que fazem parte do universo cinematográfico

O universo cinematográfico é como um pré-adolescente descobrindo sua identidade, ele passa por fases. Às vezes, tudo que se vê são filmes de terror com ‘found footage’ (filmagem encontrada), ou comédias com piadas infantis, ou filmes de super-heróis e, há não muito tempo, estávamos presos à fase de adaptações literárias. Agora, mesmo que a maioria dos estúdios tenha superado e seguido em frente, ainda existem novos filmes baseados em livros, sem mencionar que mesmo a explosão de filmes desse gênero tenha se dado entre 2001 até 2013, muitos foram feitos antes do século 21. Aqui vão dez adaptações literárias que marcaram, de alguma forma, o cinema.

Harry Potter
A mágica história do bruxinho inglês foi uma obra incrivelmente importante em todos os seus aspectos. Ela não só estimulou a criação de outras histórias fantásticas, mas também trouxe autoras femininas, inspiradas em J.K. Rowling para o holofote literário. Enquanto os oito filmes da franquia iam sendo lançados, uma geração inteira cresceu imersa no universo de Hogwarts e assim, HP ganhou milhões de fãs tão leais.

Percy Jackson
Rick Riordan é sem dúvida um autor que sabe combinar a fantasia com comédia e assuntos que chamam a atenção de jovens. É por isso que os livros de Percy Jackson fizeram tanto sucesso. No entanto, quando foi adaptado para o cinema, os seguidores do acampamento puro-sangue (e tudo que aconteceu fora dele) não pouparam esforços em comentar as enormes divergências entre a obra feita no papel e a mostrada na telona. Mesmo a Fox Film tentando ajustar o conteúdo e as falhas feitas para o segundo filme, ainda assim a adaptação não conseguiu superar o estrago que fez, e não foi continuada desde então.

 Crepúsculo
O amor incondicional de uns, prazer culpado de outros e o ódio mortal de muitos. O triângulo amoroso de Bella, Edward e Jacob, o desenrolar do relacionamento dos dois primeiros, e o fato de tratar de uma rixa entre vampiros e lobisomens certamente provocou emoções nas pessoas. O fenômeno da saga claramente se estendeu para os filmes, em que se tornou uma das franquias mais aclamadas (e parodiadas) da história. Sem Crepúsculo, 50 tons de cinza (originalmente uma fanfic baseada no relacionamento de Bella e Edward) jamais teria existido, assim como muitas das histórias que se inspiraram no sucesso do primeiro.

Desventuras em Série
A família Baudelaire nunca deu sorte, mas quando sua história foi originalmente escrita e lançada em 1999, o autor Daniel Handler (que usava o pseudônimo Lemony Snicket) considerou um retrato de seus esforços e, sim, um pouco de sorte. Os órfãos que ficaram sob os cuidados de Conde Olaf, já foram retratados no filme reconhecido pela excepcional interpretação de Jim Carrey, e, mais recentemente, na série original da Netflix, cuja primeira temporada já está disponível.

Sherlock Holmes
O maior investigador de todos os tempos e seus incríveis casos redigidos por seu companheiro, o Doutor John Watson, já foram adaptados em mais de trinta diferentes filmes, séries, peças teatrais e animações. Robert Downey Jr já interpretou o detetive nos filmes, Benedict Cumberbatch faz um incrível sucesso no mesmo papel na série da BBC, e em ‘Elementary”, Watson é interpretado por Lucy Liu. Arthur Conan Doyle, autor dos sessenta contos, escreveu o primeiro em 1882, há 135 anos atrás, e cativou profundamente o mundo do mistério.

O Vendedor de Sonhos
A filosofia de vida desenvolvida pelo brasileiro Augusto Cury, em que mostra a necessidade de se levar uma vida simples apesar das tribulações e desafios da jornada pessoal de cada um, é um lema para muitos. Este livro de sucesso nacional inspira, e agora se tornou um filme da Warner Bros. Este foi um dos mais significativos livros nacionais de auto-ajuda com toque de ficção da última década.

O Auto da Compadecida
Outro incrível exemplo vindo das obras brasileiras, é uma das histórias atemporais de Ariano Suassuna. Lançado em 1955, ele conta a história cômica e trágica de João Grilo e Chicó, com o modelo clássico da literatura de cordel. Peças de teatro são a mais recorrente forma de adaptação deste livro, mas é preciso destacar o filme dos anos 2000 dirigido por Guel Arraes, e a incrível atuação de Matheus Nachtergaele, Selton melo, Fernanda Montenegro, Marco Nanini, entre outros grandes nomes que trazem grande honra ao nosso país.

Ilha do Tesouro
A Disney não poupa esforços para encantar com suas obras, e é muito comum que sua inspiração venha da literatura. O livro original “Ilha do Tesouro” é de 1883, escrito por Robert Louis Stevenson, e se passa no mar da costa da Inglaterra, onde um jovem abandona sua vida calma e segura ao lado dos pais, donos de uma hospedaria, para caçar tesouros. A versão produzida pela Disney em 2002 chamada “Planeta do Tesouro” conserva sua origem, mas se passa no espaço e utilizada uma mistura de animação com computação gráfica, além do estilo “Steampunk” (punks tecnológicos e futuristas). O filme foi indicado ao Oscar de “Melhor Animação” em 2003.

O Guia do Mochileiro das Galáxias
Não entre em pânico! Essa é a primeira dica do guia do mochileiro das galáxias escrita por Douglas Adams. O famoso “volume um da trilogia de cinco” foi reproduzido em um filme com Martin Freeman e Zooey Deschannel, mas parece ser um sucesso somente com quem leu os livros. Quem não teve acesso à fonte original, parece não entender bem o humor do autor, justamente mantido na versão longa-metragem. Mas não é à toa, não é somo se a resposta à grande questão sobre a vida, o universo e tudo mais pudesse ser interpretada por terráqueos.

Os Miseráveis
Uma das grandes obras de todos os tempos é a trágica história passada durante a Revolução Francesa de “Os Miseráveis”. Adaptada mais de cinquenta vezes em diferentes formatos (série, novela, filmes e musicais teatrais), o livro de Victor Hugo foi escrita em 1862 e vendeu sete mil cópias nas primeiras 24 horas de sua estreia em Paris. Uma das versões filmadas é a de 2013, que inclui Hugh Jackman, Anne Hathaway, Russel Crowe, Amanda Seyfried e Eddie Redmayne mostrando seu talento musical (seja ele bem-sucedido ou não), com uma emocionante narrativa e uma rara fidelidade à interpretação da obra original.