Inseparáveis: uma versão argentina do aclamado filme francês Intocáveis

Remake da comédia-dramática biográfica francesa Intocáveis, Inseparáveis reconta a história fraternal já relatada na produção escrita e dirigida por Olivier Nakache e Eric Toledano, de 2011.

Felipe é um homem de negócios milionário, porém paraplégico. Por conta de sua condição física ele está a procura um assistente e acaba contratando um homem da periferia para ser o seu acompanhante, apesar de sua aparente falta de preparo. No entanto, a relação que antes era profissional cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos dois.

Enquanto que Intocáveis emocionou plateias ao redor do mundo com uma comovente e vibrante história de amizade, Inseparáveis repete a formula sem emoção. O filme é um remake cuja existência é desnecessária com pequenas adaptações culturais e geográficas.

Parte do mérito da obra francesa é a dupla protagonista, Phillipe (François Cluzet) e Driss (Omar Sy) que captam a essência do relacionamento, além dá ótima química em cena. Já na adaptação argentina, os personagens perdem completamente o cerne e o sentido da obra que não emociona em momento algum. O eixo e a estrutura dos personagens simplesmente não funcionam, assim como o carisma e a química dos atores.

Além disso, Tito é arrogante, machista e inconveniente. Sua impulsividade (mesmo que necessária na narrativa) quase sempre vem acompanhada de atos irritantes por conta de suas “qualidades”, jamais permitindo que o espectador realmente se afeiçoe ao personagem. A má construção de Tito, não apenas o diminui, como também mina o relacionamento.