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Leonardo Medeiros fala sobre a peça “E se eu não te amar amanhã?”

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Como é ser dirigido por Sandra Werneck (diretora de cinema) no teatro? Tem lugar para o improviso em cena?

Leonardo Medeiros – Eu acho que tem uma dificuldade natural, que é muito diferente. O teatro com relação ao cinema é como se fosse um plano sequencia de uma hora, uma hora e meia. No teatro a gente precisa de fluxo, né. É uma grande cena só. Então, tem uma dificuldade de transposição. A Sandra trabalha muito os detalhes, mas te um outro diretor de teatro que tá trabalhando junto que é o Michel Blois. No teatro tem que ter improviso. Por que o teatro acontece ali na hora e não é um filme que já foi feito e tá pronto.

Tem um clima novo, tem uma pessoa diferente na plateia, um astral diferente, então, tudo muda, a gente tem que tá preparado para improvisar sempre.

Foto: Paula Kossatz
Foto: Paula Kossatz

A peça é uma comédia que utiliza de metáforas no texto ou segue pelo caminho engenhoso de situações bem humoradas?

Leonardo Medeiros – A peça é cheia de metalinguagem né, por que ela é uma história de uma separação, e o homem, ele é um escritor, um roteirista de cinema. Então, você não sabe direito se aquela peça é a vida deles ou se ele tá escrevendo tudo aquilo. A peça tem muitas camadas de compreensão, não é uma peça muito linear, nesse sentido. Ela é muito divertida, ela é um tipo de quebra-cabeças de linguagem.

O corpo e a voz são os seus únicos recursos em cena, é possível usar da neutralidade na atuação?

Leonardo Medeiros – Impossível, né, por que todo mundo, querendo ou não, significa alguma coisa. Você olha para as pessoas e você faz leituras, né “Gostei ou não gostei. Bonito ou feio, rico ou pobre”, então todo mundo já traz em si uma leitura, um significado. Neutralidade não existe, né, é uma procura interessante, mas não vejo como.

A peça questiona a fugacidade do amor? O amor tem data de validade?

Leonardo Medeiros – A peça trata exatamente disso, né, de como as relações, são voláteis e elas tem um tempo. A peça passa isso como uma coisa natural. Agora, claro que, não sei se exatamente se essa é a minha opinião, só por que eu concordo com isso, ou se você concorda, ou se o público concorda, mas de qualquer maneira, a peça coloca essa ideia, de uma maneira bem forte, e é uma característica dela. Tudo é tratado com muita leveza, sabe, muito interessante.

*Entrevista feita por telefone

Saiba mais sobre a peçahttps://rotacult.com.br/2017/05/luana-piovani-leonardo-medeiros-e-marcelo-laham-estreiam-e-se-eu-nao-te-amar-amanha/

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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