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Biografia romanceada busca mostrar facetas íntimas de Elvis Presley

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Aos 18 anos, Elvis Presley trabalha como motorista de caminhão e estuda no curso técnico de eletricista. Nas horas vagas, permanece na varanda de casa com o rádio e o cachorro ao lado, tentando imitar estrelas como Frank Sinatra e Dean Martin. Mas acaba frustrado: a voz sai aguda, arranhada e diferente de todos eles. Tanto que, quando se vê em frente à gravadora Sun Records, o garoto paralisa. Os joelhos tremem e a garganta seca. Inseguro, não lembra em nada o astro que, poucos anos depois, se tornaria o maior ídolo pop de todos os tempos.

As Crônicas de Elvis – Cadillac cor-de-rosa, vol.1 revela facetas pouco conhecidas do Rei do Rock. É o primeiro volume de uma biografia romanceada composta por três livros, resultado do colossal trabalho de pesquisa de um brasileiro aficionado. Num texto saboroso, que mistura referências verídicas a toques ficcionais, o escritor Daniel Frazão narra o período inicial da carreira de Elvis, a ascensão, a década de 1950.

Com uma narrativa ao mesmo tempo leve e original, que impressiona pelas minúcias, traça um raio-x do homem por detrás do mito. Estão lá o amor pela mãe — que chama de Satnin por conta da pele de cetim —, o irmão gêmeo que nasceu morto, a infância de superproteção, a batalha contra a timidez. A desconfiança do produtor musical Sam Phillips que, por um triz, não descartou de primeira aquele jovem com jeito de caipira, cheio de espinhas no rosto. E, claro, a angústia com a qual o garoto hesitante enfrentou, na intimidade, o frenesi crescente em torno de sua figura.

Este primeiro volume de As crônicas de Elvis descreve, afinal, como o mundo muda à medida que o próprio protagonista se transforma, passando de adolescente tímido e inseguro do interior dos Estados Unidos a maior astro da música — o primeiro de todos os popstars. É um mundo vertiginoso e eufórico, acelerado como os cadillacs que permeiam as páginas do livro. Não à toa, este primeiro título chega ao fim com o nascimento de uma nova década. Elvis acaba de sair do exército e voltar de um exílio na Alemanha. Ele mudou e o mundo, também. O futuro é incerto.

Os dois próximos volumes da trilogia ainda estão no prelo. O segundo livro trata da “década perdida” de Elvis, os anos 60, quando se vê preso num emaranhado de contratos e compromissos hollywoodianos. Já o terceiro e último título aborda a década final, os anos 70, quando Elvis transcende o status de roqueiro e se torna uma espécie de mito vivo, ao mesmo tempo herói e vilão, homem e caricatura.

A trilogia As crônicas de Elvis nasce de uma história curiosa da vida real, pois a relação de Daniel Frazão com Elvis Presley tem detalhes pitorescos. Diz a lenda que a mãe do autor — Márcia Frazão, escritora consagrada — teria sido alvo de uma praga lançada pelo filósofo Fernando Muniz, seu amigo de longa data. No dia da morte do astro pop, Márcia teria desdenhado do clima de comoção entre os amigos. Muniz, então, lançou a “maldição”: ela haveria de ter um filho fã de Elvis. Daniel nasceu alguns meses depois e, aos três anos, escolheu um livro de fotografias do astro e não o largou mais. Aos oito, já frequentava as reuniões do Clube do Elvis no Brasil. Mais tarde, fez seu mapa astral e recebeu a notícia: teria sido concebido no mesmo dia da morte do ídolo.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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