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Suspense-pipoca, Lugares Escuros, com Charlize Theron, agrada o espectador

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Após o grande sucesso de público e crítica de Garota Exemplar, que rendeu até uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz para a inglesa Rosamund Pike, é claro que a escritora americana Gillian Flyn adentraria ao panteão dos autores passíveis de adaptação cinematográfica. E, assim, foi lançado Lugares Escuros, livro que, cronologicamente, foi escrito antes do magnus opus da romancista, mas já mostrava o porquê de Flynn logo ser apelidada de “A Rainha das Reviravoltas” da atualidade. Mas, enquanto Gone Girl, dirigido por David Fincher, seguia uma linha mais artística, entrando na mira das premiações, aqui, o diretor Gilles Paquet-Brenner segue outra trilha, mas ainda com os aguardados plot twists de Flynn.

O longa acompanha a trajetória de Libby Day (Charlize Theron), a única sobrevivente de uma tragédia que chacinou toda a sua família, exceto seu irmão mais velho, que foi preso pelo crime graças ao depoimento da caçula. Desde então, ela viveu de renda das doações que recebeu na época do incidente, porém, vinte e cinco anos depois, sua história caiu no esquecimento geral e o dinheiro já está do fim. Assim, a mocinha-torta da história aceita a oferta de Lyle (Nicholas Hoult), um aficionado por assassinatos que possui um clube de pessoas que investigam crimes famosos, o chamado “Clube da Matança”, e oferece dinheiro para que Libby revisite os “lugares escuros” de seu passado para descobrir o que realmente aconteceu naquela noite, desvendar de Ben Day é realmente o culpado.

O primeiro ponto alto do filme é o elenco, que conta com nomes de peso. O principal, obviamente, é Charlize Theron como uma protagonista, que, mais uma vez, mostra ser uma atriz versátil, conseguindo ser cínica, rancorosa, frágil e super badass, provando ser uma das melhores de sua geração. O segundo destaque é Nicholas Hoult, interpretando um personagem meio bizarro, mas muito carismático. Há também Christina Hendricks, no papel na mãe de Libby, provando que é uma excelente atriz fora do molde femme fatale – o único problema é que sua personagem aprece pouco no trama, uma vez fica restrita aos flashbacks; fica uma sensação de “quero mais”. E, existe ainda uma grata surpresa: Chloë Grace Moretz, mostrando que cresceu e é uma das melhores entre as ex-atrizes-mirins surgidas nos anos 2000.

Assim, por mais que as comparações sejam inevitáveis, é preciso lembrar que a autora Gillian Flynn adaptou Garota Exemplar, já Lugares Escuros foi roteirizado pelo próprio diretor – com a participação da escritora –, que escolheu uma abordagem muito mais despretensiosa. A direção de Paquet-Brenner (A Chave de Sarah) consegue construir um bom suspense, que prende a atenção do espectador durante os 113 minutos de filme, no entanto, ele não é um David Fincher (Clube da Luta), mas o diretor parece ter consciência disso, optando por um caminho mais comercial do que o da obra antecessora, produzindo um “suspense-pipoca”. Mas, é claro que isso não diminui o valor de entretenimento do longa, cujo principal acerto é exatamente não tentar ser o sucessor de Garota Exemplar, sendo uma boa escolha para assistir com os amigos em uma sábado à noite, acompanhado de pizza e cerveja.

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