Animação, Viva – A Vida é uma Festa é carregada de sensibilidade e empatia

Com uma sensibilidade única para tratar de temas complexos como morte, Viva – A vida é uma Festa não subestima o espectador. A trama repete a formula de Ratatouille ou Moana: Um Mar de Aventuras.  A nova animação da Pixar-Disney é tão mágica que é impossível não se deixar encantar.

A partir de referencias da cultura mexicana, a trama é construída a partir as memórias de seus personagens, onde é feita uma ponte une o mundo dos mortos com o nosso. Os que estão do outro lado só podem fazer a travessia e visitar os vivos no Dia de Los Muertos, enquanto são lembrados por seus entes queridos.

O longa utiliza de um tema novo na história das animações da Disney, a espiritualidade independente de religião. A maneira singela como explica a história de várias gerações através de bordados típicos mexicanos é levada as telas com muita poesia.

Em termos técnicos, a animação é um deleite a parte! Desde a fotografia a montagem, é tudo muito detalhado na pequena cidade mexicana, na qual a trama se inicia. Na terra dos mortos, a sensação ainda é maior em termos de intensidade. Brincando com a transposição de cores Lee Unkrich e Adrian Molina levam as telas uma história cativante sobre perdas. A trilha sonora de Michael Giacchino conseguiu capturar a essência da mensagem da obra. As músicas complementam o roteiro cheio de poesia e afeto familiar.

Viva – A Vida é uma Festa é aquele tipo de filme que irá te marcar não só pela estrutura visual, que é impressionante, é uma obra que você trata com amor e carinho pela mensagem que ela passa.