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Sociologia Vs. Antropologia em Rio do Medo: uma policia em permanente confronto

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Documentário de Ernesto Rodrigues, Rio do Medo aborda a violência da cidade do Rio de Janeiro, destacando um olhar peculiar sobre os profissionais envolvidos. Trata-se de uma discussão entre gerações e patentes.

Seguindo a linha da reportagem, a coprodução Globo News e Globo Filmes impacta o espectador pelos depoimentos honestos sobre o que faz alguém querer entrar para a policia do Rio e o olhar de quem vive e a enfrenta diariamente: a Polícia Militar.

Com depoimentos de policiais, majores e coronéis da policia, e imagens de arquivo, Rio do Medo é um painel informativo sobre policias militares da ativa e da reserva, homens ou mulheres, falando dos medos e desafios da profissão. Além do fato de a policia militar oferece plano de carreira, enquanto as outras não.  A questão da sobrevivência nas ruas também é pontuada através de uma instituição marcada pela desconfiança, pela violência e pela corrupção.

O documentário resgata, também, através das entrevistas, as origens históricas da PM, a influência da ditadura na instituição, como Decreto 314 criado no período na ditadura militar. A questão das UPPs e o episódio do Amarildo, o contraste da violência na favela e no asfalto, o fato de bandidos usarem técnicas de guerrilha. E a grande questão a ser discutida em busca de solução: o tráfico de armas.

Rio do Medo expõe uma policia que está em permanente confronto (é a que mais mata, e que mais morre também) no meio de uma dissertação sociológica e antropológica comportamental entre a cultural policial brasileira e a do exterior, em meio às cenários voláteis.

O documentário fala da importância que o BOPE exerce no imaginário popular, da sua simbologia, da importância da sua criação, e o seu papel, principalmente após o lançamento em 2007 de Tropa de Elite, também citado rapidamente no documentário. Chega a ser absurdo o fato de um menino de quatro anos ter como tema sua comemoração de aniversário, o BOPE.

Ernesto Rodrigues leva as telas um documentário operacional, focando na integração da policia com a comunidade. Importante destacar a questão do tratamento de saúde mental, um preventivo para os policiais.

 

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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