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Luiz Bolognesi promove uma montagem existencial em Ex-Pajé

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Ex-Pajé mostra o drama contemporâneo dos povos indígenas a partir da história de Perpera, um índio Paiter Suruí que viveu até os 20 anos num grupo isolado na floresta onde se tornou pajé. Após o contato com os brancos, um pastor evangélico afirma que os atos e saberes do pajé são coisas do Diabo e Perpera passa a viver um conflito interno. Apesar de se dizer evangélico e se definir como ex-pajé, continua tendo visões dos espíritos da floresta.

Até o contato do povo Paiter Suruí com os brancos, em 1969, Perpera era um pajé poderoso. Após chegada dos brancos, um pastor evangélico afirma que pajelança é coisa do diabo e Perpera perde seu papel na tribo, passando a viver com medo dos espíritos da floresta. Mas quando a morte ronda a aldeia, o poder de falar com os espíritos pode novamente ser necessário.

Com uma montagem existencial, Bolognesi leva as telas o dilema de um homem que se autodenomina ex-pajé para poder usufruir da cultura branca. Porém seus demônios interiores não permitem ele deixe por inteiro a sua cultura para viver em detrimento da outra. O simbolismo das tradições se perdem em seus atos, se desligando da maior obra natural existente e que provem a fé, a religião e a existência do legado indígena.

De um lado a natureza, do outro a cultura do homem branco que promove a destruição da civilização e da cultura indígena.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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