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Guto Goffi e Rodrigo Suricato sobre novo álbum ‘Barão pra sempre’

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Conhecido pelo sucesso e influência na música brasileira desde a década de 1980, o Barão Vermelho sempre arrastou multidões. Desde maio de 2018 com nova formação e novo álbum, a banda de rock mostra que ainda tem muita música para fazer e agregar à sociedade seu valor cultural. Conversamos Rodrigo Suricato sobre esse convite de assumir os vocais da banda e Guto Goffi sobre esse novo projeto. Confira!

Vocês estão lançando o novo álbum ‘Barão pra sempre’, com sucessos da carreira da banda, agora com nova formação, o que muda nesse processo ao revisitar essas músicas? E como foi o processo de escolha das músicas?
Guto Goffi – Essa pequena coletânea de sucessos antigos da banda, teve por finalidade, colocar essas músicas disponibilizadas nas plataformas digitais, desta vez, na voz de nosso novo cantor. A escolha das canções foi motivada por valorizar temas em que os autores ainda fazem parte da formação atual.

Podemos esperar as músicas repaginadas, com novas batidas e acordes?
Guto Goffi – Estamos aos poucos retomando a nossa obra, e integrando ela a, nossa nova formação, e aos novos tempos. Apenas algumas diferenças nos arranjos e mixagens, porém as canções são as mesmas. Fizemos o mesmo no LP AO VIVO, de 1989, quando fizemos também a releitura de diversos sucessos da fase inicial do grupo, atualizados por nosso cantor daquela época.

Vocês estão numa nova fase e numa nova roupagem da banda que se auto intitula Barão pra Sempre, o que estimulou esse movimento? Como foi que isso aconteceu?
Guto Goffi – A banda se chama Barão Vermelho desde 1981, quando a batizamos, eu e Maurício Barros, todos que vieram depois de nós foram convidados a entrar no Barão Vermelho. A turnê atual e esses singles se chama: BARÃO PRA SEMPRE. A nossa vontade de voltar era imensa, do tamanho da vontade que tínhamos de nunca termos parado. Porém a vida corre como ela quer e agora estamos de volta ao que sempre amamos, o BARÃO VERMELHO VOLTOU!

Depois de tantos anos, é possível se reinventar?
Guto Goffi – Você não faz o mesmo em casa, com a esposa, com a família? A arte é apenas uma extensão disso. Temos muito talento e vontade, a nossa torneira estava fechada e agora vem uma cachoeira de felicidades e realizações…

Cazuza faria 60 anos em abril de 2018, ele ainda influencia no trabalho de vocês?
Guto Goffi – Cazuza foi muito importante em minha formação de letrista, dei a sorte de conviver com o melhor dele, e aprendi a reparar e a esmiuçar as pequenezas e a mesquinhez dos pobres seres humanos. Tudo gentalha, dizia Cazuza.

Você assumiu os vocais de uma das bandas de rock mais amadas do Brasil, como e quando foi esse convite?
Rodrigo Suricato – Havia trabalhado com o Maurício Barros ( tecladista da banda) em um grande projeto chamado Nivea Rock Brasil, tocando para plateias de até 150 mil pessoas. Eu cantava várias canções e ele gostou do meu trabalho. Nos tornamos próximos, compomos uma canção pro disco da Suricato e algum tempo depois ele me ligou fazendo o convite. Disse que precisava conciliar o Barão com meu projeto Suricato e todos toparam. O Barão Vermelho é uma banda muito amada, percebo isso nos shows e nos comentários apaixonados. Como sempre fui fã entendo muito bem o que se passa fora.

É uma responsabilidade muito grande assumir o lugar de Frejat, como tem sido a aceitação do público?
Rodrigo Suricato – O público só quer ser feliz. Se eu pensasse no termo “substituir” talvez nem tivesse aceitado o convite. Suceder me parece mais adequado pois só sei ser eu mesmo e já tenho uma identidade artística definida. Tenho orgulhosamente alguma influencia do Frejat, acho-o um dos melhores artistas que já tivemos, mas procuro interpretar tudo do meu jeito. Nosso desafio dentro da banda é entender que trata-se de uma nova banda, numa nova era. Ainda com o DNA Barão Vermelho, mas uma nova banda. Não conheço ninguém que tenha assistido o show e não tenha se emocionado. Colecionamos criticas positivas e por onde passamos é um sucesso. Vejo uma banda feliz no palco. Meu papel nunca foi fácil mas não vou bancar falsa modéstia ao dizer que estou fazendo-o bem. Estudei uma vida pra chegar em momentos como esse e deixar tudo natural. Estou muito feliz de fazer parte de um processo coletivo que realmente acredite. Eu acredito neles e vejo que a recíproca é verdadeira.

Fotos da banda: Leo Aversa

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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