Do jeito que Elas Querem reúne grandes talentos em comédia romântica sexagenária

Cheio de referências carregadas  da trilogia literária que virou filme, 50 tons de Cinza, Do jeito que Elas Querem chega as telas do cinema com o intuito de divertir o espectador com histórias de vidas bem próximas da realidade. A trilogia é apenas um bom gancho para falar de sexo na terceira idade, sem tabu.

O foco da trama são as peripécias românticas dos personagens e as lições de vida para serem aprendidas com eles. Vivian (Fonda) é uma executiva hoteleira, cujo compromisso vitalício de evitar o comprometimento leva um golpe com o reaparecimento de uma chama de amor antiga(Don Johnson). Diane (Keaton) é uma viúva com filhas crescidas e super protetoras (Alicia Silverstone e Katie Aselton) e uma potencial nova amante no piloto Mitchell, interpretado por Andy Garcia. Sharon (Bergen) é a amiga divorciada à anos, que começa a aprender sobre encontros online. E Carol (Steenburgen) sofre com o a rotina do casamento, que agora não pega mais fogo como antigamente.

As amigas que se reúnem, à principio, através de um clube do livro onde estão lendo a trilogia de E. L. James, fazem parte de um roteiro que já apresenta personagens  já pré-dispostos ao seu destino final.   Do jeito que Elas Querem coloca seu público-alvo dentro do tipo de papéis de comédia romântica que são tipicamente reservados para os atores de décadas mais jovens. A identificação do público mais velho é nítida. O longa é um feel good movie com um roteiro deliciosamente picante com muitas metáforas sexuais em seus diálogos.

O quarteto formado por Diane Keaton, Jane Fonda, Candice Bergen e Mary Steenburgen  inspira naturalidade e química em cena. Mesmo com seus clichês, Do jeito que Elas Querem é uma comédia romântica divertidíssima que cumpre bem a função de entreter ao mesmo tempo que fala de sexo com naturalidade.