Tio Drew revive comerciais de TV americanos, em um roteiro clichê, mas favorável ao jogo

Filme inspirado por uma série de comerciais de TV baseados em basquete, traz uma comédia clichê com status de celebridade esportiva. No caso dos americanos, a lealdade à NBA também é colocada à prova.

Uncle Drew apresenta estrelas amadas da NBA sob camadas de maquiagem de velhice (alias, a caracterização é um dos pontos fortes do filme) e um personagem principal que foi desenvolvido para uma série de vídeos da Pepsi.

O roteirista Jay Longino e o diretor Charles Stone III criam uma história de azar em torno do personagem Uncle Drew, um senhor de idade, que foi o líder de um time de basquete, quando jovem. Interpretado por Kyrie Irving, de 26 anos, do Boston Celtics, o personagem é a linha narrativa da obra, sob a pele de um velho jogador rabugento.

O roteiro, que faz referencias à cultura pop, traz a temática da amizade na relação de velhos amigos em uma espécie de um road trip de reencontros. Durante a projeção, há muitas aparições de verdadeiras estrelas do basquete, que dão o tom do jogo. Porém o filme perde um pouco de força no final, costurado por lugares-comuns  e citações motivacionais genéricas.

Uncle Drew atinge todas as batidas conhecidas de filmes esportivos com sua estrutura clássica de torneios. É uma alegria ver a bola dos jogadores na tela, embora, é claro, a única maneira de fazer com que esses profissionais se encaixem no tropeço é enfraquecê-los sob camadas de próteses.  O mais surpreendente no filme é a trilha sonora e estética que vive nos anos 80 e 90, com uma quantidade surpreendente de charme.