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Brightburn: O Filho das Trevas – Produção de James Gunn tem boa premissa, mas falha na execução.

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Dirigido por David Yarovesky, com a produção de James Gunn (diretor de Guardiões da Galáxia), o novo thriller de terror se baseia na questãõ: E se um ser como o Superman fosse um psicopata? Quando você começa a refletir sobre isso parece incrível, afinal, o Filho de Krypton é um verdadeiro Deus na Terra. Poderia ser algo como foi usado na graphic novel icônica do herói, Entre a Foice e o Martelo, que passeia por premissa similar. Os problemas começaram quando a ideia saiu do papel, porque Brightburn: O Filho das Trevas é um desastre na sua execução em vários níveis. Existia uma expectativa junto a premissa muito boa e com grandes possibilidades, mas o material entregue foi um desastre.

O mais gritante é a falta de motivação e referências que influenciem o personagem, não existe nenhum desenvolvimento aceitável no arco de Brandon Breyer (Jackson A. Dunn), o protagonista, e assassino no longa. O começo é até interessante, se pensa que o roteiro acredita que a história do Superman já é tão pulverizada na cultura pop que não há necessidade de explicação da nave caindo, bebê alien e por aí vai (o que eles mostram lá pro final do segundo ato em uma cena tirada de Cemitério Maldito que não serve pra nada). Brandon vem de uma família funcional, amorosa, com pais (interpretados por Elizabeth Banks e David Denman) realmente zelosos e companheiros, o que só torna a sua “ativação” como uma arma biológica de uma sociedade alienígena ainda mais patética.

O garoto apresenta traços completos de psicopatia (mentiras, ausência de empatia, manipulação emocional), contudo a psicologia diz que para que um indivíduo desenvolva essa psicopatia é necessário um trauma emocional de uma magnitude tremenda, o que nem de longe é o caso aqui. A trama fica num vai e volta entre o superboy psicopata e arma biológica alienígena, sendo que não há como sustentar as duas.

Os elementos de terror não são nem de fazer cócegas, são tolos ao ponto de causarem risadas. A parte mais agradáveis são as cenas sanguinárias no estilo da franquia Premonição. O resto é chato, o filme, se arrasta num tédio interminável. O uso da câmera é tosco, algo como os filmes de terror que usam found footages como narrativa, nada a ver com a proposta da obra. O enredo tenta se garantir nos poderes do menino, que funcionam só quando a trama precisa de maneira, nada coesa, enquanto os efeitos especiais são medíocres. A trilha sonora lembra a obra de Zack Snyder, Homem de Aço.

O elenco em si faz um trabalho decente, mediante ao roteiro que lhes foi dado, exceto Jackson que não consegue manter a aura de um psicopata, ele vai do 8 ao 80 muito rápido. Talvez, o jovem ator não estivesse preparado pra algo desse tipo (já que muitas vezes ele parecia estar com sono). É uma verdadeira decepção!

 

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