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“Saia”: A dialética da saia da mãe e a verbalização do verbo sair (debaixo dela), em cena

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Inspirado no mito grego de Aquiles, a peça “Saia” aborda com brilhantismo o fato de muitas vezes morarmos na saia de nossos pais, ao mesmo tempo, o título, nos permite a dualidade do objeto (saia) e do verbo sair. Não à toa, a similaridade da palavra, nos permite falar das metáforas de se viver embaixo da saia da mãe, do conforto e da segurança, que ela nos dá, ao mesmo tempo que, o desejo de descobrir o mundo, existe. O dilema materno se confunde com o do filho, que deseja as duas coisas, e muitas vezes, não se permite ouvir.

“Saia”, de Marceli Torquato, se inspira nos conceitos de Aristóteles, filosoficamente falando. A dialética de seus estudos sobre ética e política, se adequam ao texto, que mistura o tom caótico da cidade grande aos medos maternais. A autora desenvolveu um texto sobre instintos maternos super protetores, colocando em cena, a questão da violência na sociedade atual.  Em cena, as atrizes incorporam a dinâmica com destreza, dando ao público a sensação de buscar pelos nossos desejos, afinal, dos nossos desejos, só nós sabemos, não é?

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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