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Live Action de O Rei Leão traz hiper realismo em seus animais

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Quando a Walt Disney Pictures decidiu recriar seus clássicos icônicos causou certo rebuliço, porque o consenso geral é que em clássico não se mexe. Mesmo assim começaram lentamente com Cinderela, em 2015, seguiu com Mogli, Bela e a Fera, este ano trouxe Dumbo, o primeiro fracasso de seus live-actions clássicos. O fator comum em todos estes longas é a presença de humanos neles, o total oposto de O Rei Leão, onde o elenco inteiro é formado por animais, um desafio inicial. A animação, de 1994, que tem sua base em Hamlet de Shakespeare, onde o filho pródigo retorna para derrotar o tio que usurpou o trono do irmão, o caminho de Simba é também o que define a jornada do herói que Joseph Campbell descreveu, em 1949 (também é a mesma estrutura de Star Wars e muitos outros filmes). Para uma animação infantil, O Rei Leão carrega sozinho em sua fundação muita complexidade escondida aos olhos, sendo o filme mais celebrado da Disney, fora do gênero de princesas.

A intenção nunca foi recriar o filme, incluir atualidades no roteiro ou coisa do gênero, ele próprio é atemporal. A animação se tornou um storyboard para o CGI, em tudo que se pode imaginar, uma cópia fidedigna, por não querer se arriscar com novidades, investindo no realismo chocante dos animais. E não há outra expressão melhor para isso que chocante, pois em determinados momentos é possível notar as veias nos músculos das criaturas, o movimento dos pelos, (é absurdamente real!).

Contudo, o realismo vem com preço, também como se tivessem se perdido dentro da proposta, ao fazer esses seres totalmente realistas acabaram causando falta de expressão neles. Quando comento de falta de expressão, não quer dizer que Simba deveria se debulhar em lágrimas quando seu pai morre (igual no desenho), poderia ser uma leve queda as orelhas ou no olhar, coisas pequenas que não quebrassem a proposta da obra.

A dublagem dos personagens está impecável, conseguiram adaptar tanto os atores quanto personagens no sincronismo de um relógio suíço. Durante a divulgação se discutiu a aparência do vilão, Scar, dublado por Chiwetel Ejiofir, mas graças aos reis do passado o tom que adotaram para ele foi mais sério, e frio (diferente da animação também), o que cai muito bem com o realismo do filme. O trio, Simba (Donald Glover), Timão (Billy Eichner) e Pumbaa (Seth Rogen) é um dos pontos mais brilhantes do filme! Quanto a diva, Beyoncé, não há palavras para descrever. Durante a cena do retorno de Simba as Terras do Reino enfiaram o novo single da diva, Spirit, como trilha sonora. E quando digo “enfiaram” é porque ficou completamente fora do lugar dentro de toda a estética da trilha sonora.

Se esquecermos o desenho, por mais difícil que seja, a qualidade entre ele e este live action é a mesma, só mais real. É preciso ter em mente que há uma geração inteira que não se interessa por desenhos em 2D, e que também nunca ouviu falar em  O Rei Leão. Sendo a mãe que é, a Disney afaga seu fãs de longa data e encanta os pequenos com a magia do mundo real, ligando a todos no grande Ciclo da Vida.

 

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