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Terremoto: John Andreas Andersen se baseia em fatos reais, em produção no estilo catástrofe

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O Brasil se localiza no meio de um placa tectônica muito antiga, portanto as chances de terremotos ou atividades vulcânicas é, para não dizer impossível, muito improvável. Nós também não vivemos em áreas de furacões e tornados. Contudo, a população de Oslo vive em uma área sísmica muito delicada. Após Kristian Eikjord (Kristoffer Joner) salvar sua família da onda gigante, o geólogo terá que enfrentar a força da terra, ao invés do mar. É fato que geólogos preveem que um enorme terremoto irá atingir Oslo, porém ninguém sabe quando. A terra treme em fúria, e Kristian tem que salvar sua família novamente.

Existem inúmeros filmes hollywoodianos sobre desastres naturais, basta lembrar da Sessão da Tarde com o filme estrelado por Tomy Lee Jones, Vulcano, a Fúria. Em 2012 choveram produções sobre o fim do mundo através de eventos climáticos. A produção norueguesa, Terremoto, não traz esse espírito bem fantasioso, na verdade ele se baseia em um fato muito real sobre a região de Oslo, o grande terremoto que vai acontecer, tal qual a Falha de San Andreas na costa da Califórnia.

Em suma é realmente um filme de desastre, só que ao invés de explorar a ação que o desastre implica, o longa opta pelo drama humano através da família de Kristian, do homem completamente traumatizado, mas que também é o único capaz de perceber a magnitude da situação. Todo elenco, tanto Joner quanto os membros de sua família (Ane Dahl Torp, Jonas Hoff Oftebro e Edith Haagenrud-Sande) conseguem todos transmitir o trauma que passaram e que devem superar juntos. A direção de John Andreas Andersen é muito decente, ele usa bem a câmera para captar as cores e o visual da Noruega, que tendem para o mais cinza, então ele usa sempre cores claras, com planos bem abertos que fecham no máximo em um plano americano.

O problema em si é no roteiro de John Kåre Raake e Harald Rosenløw-Eeg. O fato do roteiro preferir explorar a parte humana da tragédia é justa, e também cria o diferencial do filme, contudo acaba carecendo de dinamismo. O motivo dramático não é representado com força o suficiente para sustentar o filme, e a investigação para a descoberta do grande terremoto também é rasa. Então os dois pontos principais da trama não garantem a atenção do público. O terremoto age de uma forma muito real, e a destruição que causa é assustadora, mas ainda assim não é o suficiente.

É necessário um pouco de esforço para assistir o filme até os momentos finais, mesmo com ótimas realizações técnicas, nada é suficiente se o roteiro não se garante.

Foto: divulgação Califórnia Filmes

 

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