Salma Hayek incorpora Frida Kahlo, em filme sobre suas relações amorosas

As nuances de Frida Kahlo ganham vida na pele de Salma Hayek, no filme que aborda uma leitura romanceada de parte de sua vida. Sua singularidade e intensidade são abordadas na belíssima atuação de Hayek, que assume a personagem com louvor, não à toa , foi indicada ao Oscar. Aliás, o filme foi premiado com a estatueta na categoria Melhor Trilha Sonora e melhor maquiagem. As cores de Frida são impressas na Fotografia e no figurino do filme. É tudo muito vivo, assim como sua obra. A atmosfera do filme feita pela excelente fotografia de Rodrigo Prieto – não indicada injustamente ao Oscar – coloca cores vivas em cena, com o objetivo de nos fazer ver que o que Frida mais possuía era uma vontade imensa de viver.

O longa, que traz Alfred Molina, como o artista Diego Rivera, aborda a relação amorosa entre ambos. Frida é um filme ambicioso e tenta passar para as gerações mais jovens a força, personalidade e carisma que a pintora possuía. É incrível acompanhar toda a força de vontade que Kahlo teve ao superar as adversidades que se impunham no seu caminho.

O filme mostra toda a consciência política de Kahlo, que era uma comunista convicta. Mas, com certeza, o grande foco do longa se encontra nas relações amorosas da pintora – com Diego Rivera, Leon Trotsky e algumas mulheres – e como elas influenciaram a sua obra.

Aliás, a obra da artista ocupa lugar de destaque no filme, servindo como pano de fundo aos acontecimentos retratados, uma vez que, ao vermos os quadros que ela criou, conseguimos entender o por quê de tanta dor e baixa auto-estima. É este o grande mérito da diretora Julie Taymor: mostrar a alma sofrida de Frida Kahlo por meio de seus quadros.

 A atriz Salma Hayek ainda era uma adolescente quando conheceu, na Cidade do México, a obra da pintora Frida Kahlo. Não demorou muito até que ela começou a planejar a realização de um filme sobre a pintora.