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Leandro Hassum fala dos 30 anos de carreira e isolamento social

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Leandro Hassum
Foto: Janderson Pires

Leandro Hassum comemora 30 anos de carreira, em 2021! É isso mesmo! 30 anos! Passou rápido, né, aliás, nada mais justo do que comemora-lo no palco. Ele assume a comédia ‘É noix família’, com histórias divertidas sobre a sua própria família, mas que poderiam ter acontecido com qualquer pessoa Ao mesmo tempo ele estreia o infantil, ‘Zé e Nina – A História de Uma Amizade’ também no Teatro das Artes. Além disso, ele ainda fala da estreia de Tudo bem no Natal que Vem e qual foi o maior aprendizado que você teve nesse ano tão atípico para todos nós.

São 30 anos de carreira, a sua maneira de ver humor mudou?
Leandro Hassum – Mudar, não, mas eu tenho um estilo meu próprio de fazer e que o público, já espera. O que a gente faz, é modernizar as piadas, trazendo histórias novas, aliás, obviamente, que o cenário da comedia mudou. Hoje em dia, a gente tem mais cuidado com certas piadas, mas esse desafio, desse novo mundo que era necessário, inclusive, no cenário da comedia. Aliás, eu acho que só vem acrescentar mais armas ao nosso arsenal. Eu, apenas, aumentei o meu leque de piadas novas.

Hoje em dia você faz humor sozinho, mas teve um tempo que você e o Marcius Melhem trabalharam juntos, sente falta?
Leandro Hassum – Eu gosto muito de trabalhar em dupla! Eu trabalhei também com a Ingrid Guimarães, eu fiz parcerias muito boas com o Kiko Mascarenhas, em Até que a Sorte Nos Separe, é sempre bom ter alguém para trocar em cena. Agora, no filme da Netflix, eu tive uma parceria muito boa com o Rodrigo Fagundes. Adoro fazer parcerias, porque a gente tem uma troca muito bacana! Mas quando eu tô sozinho, eu uso o público como ator, junto comigo. O público é minha grande companhia em cena!

Leandro HassumVocê dublou um dos personagens mais queridos do público: o Gru, desde então, como tem sido a relação com a criançada nas ruas? Elas te reconhecem?
Leandro Hassum – É muito interessante, que as vezes, amigos próximos não sabem que foi eu que dublou e quando surge esse assunto numa conversa, o espanto deles é impressionante! E ai, fica uma coisa engraçada de até pedir par gravar mensagem com a voz do Gru. Aliás, eu fico muito feliz de fazer parte de uma animação tão bacana e de tanto sucesso como é Meu Malvado Favorito.

Na comédia ‘É noix família’, você fala da quarentena e o isolamento social, como tem sido esse período para você?
Leandro Hassum – O meu período de isolamento não foi diferente das pessoas. Teve as variações de humor diárias, eu acho que todo mundo tá passando por isso, e na peça, o que acontece, de fato, é o humor por identificação, como o isolamento tem sido parte da nossa vida, obviamente, ele faz parte do texto de forma descontraída.

Leandro Hassum
Foto: Janderson Pires

Você estreou a peça infantil “Zé e Nina – A História de Uma Amizade’, livremente inspirada na animação “Mary and Max”, com texto inédito de Renata Mizrahi. A Renata é uma das mais promissoras dramaturgas atuais, o que te levou a fazer esse projeto? Aliás, na peça você contracena com Elisa Pinheiro, no elenco, como foi esse encontro?
Leandro Hassum – A história de Zé e Nina, na verdade, começou no meio das filmagens do filme da Netflix, com a Elisa Pinheiro. Ali, a gente falou muito o quanto a gente gostava de “Mary and Max”, e que há muito tempo atrás, a atriz Mariana Bassoul tinha me convidado para fazer a versão adulta deste espetáculo, mas na época eu não pude por outros compromissos. E ali, nos bastidores do filme, surgiu a ideia da gente fazer.

A Elisa é uma pessoa muito presente na cena teatral carioca, conhece muita gente, e foi ela que foi trazendo toda a equipe, inclusive, a Renata, que é uma autora maravilhosa e a Vilma Mello que a nossa diretora (incrível!), aliás, uma diretora extremamente sensível. Formamos, de fato, um quarteto, que traz a essência do filme e cria uma nova cena, um novo espetáculo.

“Zé e Nina – A História de Uma Amizade’ é um infantil divertidíssimo e emocionante, com uma parceira de cena que a muito tempo eu não tinha!

Saiba mais!

Você estreou em grande estilo na Netflix, seu filme, literalmente, está bombando no mundo inteiro, é um baita reconhecimento, hein! Você esperava? Aliás, o filme é entretenimento genuíno, para todas as idades, o roteiro brinca com a dinâmica de viver um mesmo dia todos os dias, como em Feitiço do Tempo, de Bill Murray, você reviu o filme como inspiração?
Leandro Hassum – Realmente, eu fui muito afortunado de já estrear tão bem na Netflix e com um roteiro tão bacana. Ele estreia num momento crucial que estamos vivendo, para falar sobre valorizar os pequenos momentos, né. Então, eu acho que o mais bacana do Tudo bem no Natal que Vem, é, justamente, como no meu show, eu busco a identificação, seja pelas histórias ou pelo humor, eu acho que o filme traz tudo isso. Mas, é claro, que tem clássicos, que servem de referência, sim, mas a gente conta pelo olhar bem brasileiro, que fala muito da nossa realidade.

Então, eu não busco inspiração em outros filmes para, justamente, não ter comparação, com a questão da atuação.

Confira critica!

2000 e vishhhEm 2020, você estreou “2000 e Vishhh” na TNT, como foi essa experiência de contar fatos curiosos e os “aprendizados” de 2020 de forma leve?
Leandro Hassum – Pois é, era um grande desafio para todos nós, de fazer uma retrospectiva de um ano tão peculiar, como foi ano de 2020, então, a gente não tratou sobre o Covid-19, mas, sim, sobre o isolamento social, através de um ponto de interseção, de todos nós, independente de classe social ou qualquer opinião política.

Para encerrar, qual foi o maior aprendizado que você teve nesse ano tão atípico para todos nós?
Leandro Hassum – Eu acho que meu maior aprendizado é quando as pessoas falam sobre essa coisa do “novo normal”, eu acho que o legado que essa pandemia e esse isolamento vai fazer é deixar para gente é um legado positivo.

Três pilares foram fundamentais e que a gente tem que ficar atento: A cultura é fundamental! Sem a cultura a gente teria morrido dentro de casa, ela se fez muito presente neste momento. A segunda, é que a saúde se mostrou fragilizada pelo mundo todo, foi, certamente, um grande problema, e a educação que no Brasil, a gente tem um deficiência muito grande com relação ao EAD (estudo à distância), e que isso tem que ser melhorado. Na verdade, a pandemia só veio acelerar esse processo. Eu acho que a gente tem que melhorar muito, nesse sentido, para que a educação evolua.

Além disso, valorizar a família, os amigos, não guardar magoas, porque a gente pode perder a pessoa de uma hora para outra para um inimigo tão silencioso.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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