Estreia de Wagner Moura na direção, enfim, chega aos cinemas brasileiros.

Com estreia marcada para 4 de novembro, data da morte de Carlos Marighella, longa é o  primeiro trabalho de Wagner Moura como diretor.  Marighella estreou mundialmente em fevereiro de 2019 durante a 69ª edição do Festival de Berlim, sendo aclamado pela critica.  O filme, que já passou por diversos festivais, teve a estreia nos cinemas no Brasil barrada diversas vezes, e agora, enfim, chega ao Brasil, em novembro.

“Independentemente da época em que está estreando, o filme é uma conjunção do que pensa um realizador com o tempo em que esse filme é apreciado” , conta Wagner Moura, em entrevista.

Marighella, por incrível, que parece ainda um personagem muito atual em nossa realidade. Essa, aliás, é a tecla que Wagner Moura insiste em tocar, não à toa, afinal diz muito sobre o que estamos vivendo. Fato é, o cinema reflete os tempos atuais.

Inspirado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães, o filme tem como foco os últimos cinco anos de vida do escritor, político e guerrilheiro Carlos Marighella, considerado um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar brasileira (de 1964 a 1985).

Nascido em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911, filho de uma baiana com um imigrante italiano, Carlos Marighella, desde cedo, foi destaque nas instituições de ensino pelas quais passou, porém abandonou o curso de engenharia civil da Escola Politécnica da Bahia em 1934 para se filiar ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Após ser preso, torturado e solto pela ditadura na Era Vargas, Marighella foi eleito deputado federal constituinte pelo PCB baiano, em 1946.  Quando a Ditadura Militar começou em 1964, ele foi preso e torturado em um cinema no Rio de Janeiro, situação que o fez optar pela luta armada no combate ao regime militar.

Carlos Marighella é considerado, até hoje, um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar brasileira, além disso, foi responsável por fundar a Ação Libertadora Nacional (ALN).

Considerado o “inimigo número 1” da ditadura militar, Carlos Marighella foi morto em uma emboscada realizada em São Paulo no ano 1969.

Após a estreia nos cinemas, a produção ganhará minissérie e deve chegar à Globo em 2022.