Morte no Nilo: Kenneth Branagh um pastelão A La Pantera Cor de Rosa

Morte no Nilo, adaptação do romance homônimo da escritora Agatha Christie, chega, enfim, aos cinemas brasileiros. Protagonizado por Gal Gadot e Armie Hammer durante a viagem de lua de mel do casal, a bordo de um glamoroso navio pelo rio Nilo, o casal tem a celebração interrompida por uma misteriosa morte e todos os passageiros são suspeitos do assassinato.

Aliás, Kenneth Branagh volta a assumir o posto de diretor de ator como o famoso detetive Hércules Poirot, confesso, que não curto a ideia dele como diretor, deixa muito a desejar, fazendo da trama uma típica novela mexicana com tom cômico. Completamente fora de tom, a obra de Agatha Christie, conta com um detetive que mais lembra Jacques Clouseau, o detetive de A Pantera Cor de Rosa. Branagh, definitivamente, dá um tom pastelão à obra que tem tudo para ser um bom suspense.

O longa, que se passa na década de 30, foge completamente do suspense de Agatha Christie. Nem o estelar elenco que conta com Tom Bateman, Annette Bening, Russell Brand, Ali Fazal, Dawn French, Gal Gadot, Armie Hammer, Rose Leslie, Emma Mackey, Sophie Okonedo, Jennifer Saunders e Letitia Wright consegue salvar o filme. Uma pena!

Por fim, vale a pena destacar as belíssimas paisagens do deserto egípcio, junto a fotografia, além do figurino impecável. Nos aspectos mais técnicos o filme até que se sobressai.

Além disso, Morte no Nilo conta com produção de Ridley Scott. Curiosidades à parte, o longa foi filmado com câmeras 65mm da Panavision. Além disso, o incomparável Diamante Tiffany de 128 quilates, que ficou famoso por Audrey Hepburn e também usado por Lady Gaga, é o grande destaque do enredo. Nada como uma joia inestimável para causar tanto furor, não é?