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“Órfãos” volta à cena carioca, no Centro Cultural Oi Futuro

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"Órfãos"
Foto: Costa Blanca Films

Com extensa carreira internacional, a peça “Órfãos” (1983), que deu projeção ao roteirista e ator norte-americano Lyle Kessler como dramaturgo e lhe rendeu comparações a Tennessee Williams pela crítica especializada , ganha nova montagem.

Com natureza de uma fábula, a peça conta a história de dois meninos que vivem num lugar abandonado em uma grande cidade. De repente, Harold (Ernani Moraes) tenta dar um caminho e melhorar a vida dos dois, abrir horizontes. É o velho arquétipo do pai perdido, de alguém que surge para nos tirar de um lugar escuro.

“Eu me apaixonei por essa peça desde que a li pela primeira vez, em 2018. É uma história linda sobre a luta do homem pela sobrevivência e, principalmente, sobre o amor, que às vezes é bruto, tóxico”, resume Lucas Drummond.

Para construir a encenação, carregada de uma tensão crescente que permeia a relação entre os três personagens, o diretor procurou imprimir o maior grau de verdade possível, especialmente em torno da crença de cada personagem em suas fantasias, “Eles precisam viver a crença naquilo que fantasiam, mais do que sonhar, é viver o sonho. Construir esses personagens está ligado a construir uma verdade, ainda que essa verdade seja sobre palavras e textos que pareçam estranhos, que não pareçam reais. Mas é muito importante que a verdade esteja presente ali, é isso que estabelece todo o jogo entre eles”, enfatiza Philbert.

No papel de Harold, Ernani Moraes destaca o desafio lançado pelo diretor para a composição de seu personagem: “Pela primeira vez em teatro, me deram um adjetivo para eu pesquisar, que é elegante. Normalmente, estou no universo dos ogros, dos malucos, dos torturadores, e o Phil está puxando isso de mim, que é fazer um personagem elegante, sem esforço, calmo, falando com a voz normal. Para quem me conhece como ator, sabe que eu transito muito no outro lado. Está sendo muito desafiador”.

O cenário assinado por Natalia Lana reforça o abandono que caracteriza os irmãos órfãos, vivendo de forma precária em um apartamento decadente. Mesas, cadeiras e objetos variados evocam lembranças, reais ou não, especialmente em Phillip, que passa todo o tempo confinado. E são as janelas, que rodeiam todo o cenário, que fazem a ponte entre o mundo imaginário de Phillip e o mundo exterior.

Montada originalmente há quase 40 anos, “Órfãos” tem premiada trajetória nos EUA e em dezenas de países, entre eles França, Alemanha, Estônia, México, Japão e Turquia. Em 1985, foi dirigida pelo também ator Gary Sinise e, na versão inglesa de 1986, rendeu a Albert Finney o Olivier Award de Ator do Ano. A montagem norte-americana mais recente, produzida na Broadway, em 2013, foi estrelada por Alec Baldwin e indicada ao Tony Awards na categoria Melhor Peça. A história ganhou as telas de cinema em 1987, no longa dirigido por Alan J. Pakula, protagonizada por Albert Finney, Matthew Modine e Kevin Anderson.

SERVIÇO:
Temporada: de 13 de outubro a 20 de novembro
Local: Centro Cultural Oi Futuro ( Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo)
Horários: de quinta a domingo, às 20h
Vendas online: www.sympla.com.br
Bilheteria: de quarta a domingo, das 11h às 19h30
Classificação indicativa: 14 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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