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Gemini: O Planeta Sombrio mistura sucessos de ficção científica em roteiro confuso

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Gemini: O Planeta SombrioAmbientado em um futuro apocalíptico, Gemini: O Planeta Sombrio é o novo longa do estúdio russo KD Studio. A história se desenrola após uma breve explicação que um vírus está destruindo toda forma de vida na Terra, obrigando os países a se unirem em um esforço para colonizar outro planeta e salvar a raça humana. Aliás, essa viagem só foi possível graças a uma esfera de origem desconhecida que teria sido responsável por criar a vida na Terra, e que também forneceu a tecnologia para se criar o motor de dobra espacial. Porém, a missão composta por um grupo de cientistas e militares dá errado, a equipe chega a um planeta desconhecido, onde, surpreendentemente, a esfera misteriosa liberou um monstro na nave da missão.

Após esse rápido resumo do filme, algumas coisas parecem muito familiares, não é? Vírus condenando a raça humana, viagem espacial para colonizar a humanidade, planeta desconhecido e um monstro preso numa nave com sete tripulantes apenas. Sem dúvida, são elementos muito familiares. Isso porque este filme fajuto é uma mistura de Interestelar, de Christopher Nolan, e Alien, o Oitavo Passageiro de Ridley Scott. E pior, o roteiro nem tem a decência de tentar ser original, a viagem de dobra espacial é uma versão cuspida da cena do Buraco de Minhoca de Interestelar, e o monstro do filme é um alien paraguaio que só aparece nos minutos finais. É, certamente, quase ofensivo a forma que o roteiro realmente tenta se fazer de original, além disso os roteiristas, Natália Lebedeva e Dmitry Zhigalov, nem se deram ao trabalho de elaborar uma linha narrativa.

Gemini: O Planeta Sombrio não tem nenhum personagem com desenvolvimento bem explorado, as motivações são jogadas na tela como legumes podres são jogados de uma multidão. Daí você pensa que não pode piorar, mas não, muito pelo contrário! A direção de
Vyacheslav Lissovsky foi incapaz de criar o mínimo de tensão nas cenas, e não foi por falta de tentativa.

A câmera faz vários quadros longos, imitando o Oitavo Passageiro, criando uma expectativa de que algo está prestes a acontecer, para então vir um corte totalmente aleatório que joga no lixo o clima de suspense. Além disso, a cereja neste bolo sofrível de cinema são as atuações. É quase certo que todas as falas foram dubladas, porque as expressões dos atores destoam por completo do tom de voz das vozes, sem dizer que o som das vozes é limpo de tudo. Não existe pausa na respiração, uma voz levemente mais rouca, ou que tenha características próprias, todas elas são limpas e monótonas. Isso por si só já prejudica, e muito, o trabalho de atuação, que já foi péssimo.

A equipe, liderada pelo Dr. Steve Ross, interpretado por Egor Koreshkov, que seria o protagonista, tem um dos momentos emblemáticos do show de horrores neste longa. O resto elenco está discutindo como as ações de Steve estão sendo irresponsáveis e potencialmente perigosas, sendo que ele está a meio metro da conversa. A câmera foca em seu rosto e olhos frenéticos olhando para os lados sem parar enquanto o grupo discute atrás dele.

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