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Os Excluídos: Original Netflix traz referencias ao cinema de Jordan Peele

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Os ExcluidosPrimeiro longa de Nathaniel Martello-White como diretor, Os Excluídos segue a vida de Neve (Ashley Madekwe), uma mulher bem sucedida em todos os aspectos de sua vida.  Porém, nem tudo são flores, Neve é infeliz com uma vida de desprezo e sem visão de melhora, então ela decide abandonar tudo. Neve controla sua vida nos mínimos detalhes, sendo uma mulher negra dentro de uma comunidade totalmente branca, ela não pode dar um passo fora da linha, contudo o passado da mulher decide voltar.

Lançado recentemente na Netflix, Os Excluídos tinha tudo para ser instigante. Com referencias aos filmes de Jordan Peele (Corra!, Nós), a direção claramente repete a exaustão o estilo do cineasta. Aliás, a falta de criatividade e estilo de Nathaniel Martello-White é certamente, uma imensa cópia do estilo de Peele, como a câmera fazendo uso de closes e a criação de um ambiente de total desconforto, colocando o espectador em uma situação angustiante.

Assim como as obras de Peele, Nathaniel Martello-White  coloca o racismo em cena, com personagens que neguem sua realidade. A melhor qualidade do roteiro é a forma magistral dos diálogos em abordar o tema.

  Em os Excluídos, Neve não escolheu simplesmente excluir todos os elementos de sua vida como uma mulher negra, ela se viu foi coagida pela sociedade racista em que vivemos. Por mais que ela tente ser aceita dentro da comunidade que vive, ela (ainda) não é da comunidade, mesmo sendo considerada “praticamente uma deles”. Em um dos diálogos, Neve e seu atual marido discutem sobre o passado dela, onde ele “talvez” a aceitaria. Por várias vezes os diálogos reforçam essas palavras que ao passo incluem Neve dentro daquele mundo também deixam claro que ela é diferente.

Esse argumento já é o suficiente para render um excelente filme, o elenco é muito bom, os personagens do passado de Neve, Carl (Jorden Myrie) e Dione (Bukky Bakray), trazem um elemento de terror e marginalidade. Contudo a direção não assume seu papel,  dirige por si mesmo, Nathaniel Martello-White tenta ser um novo Jordan Peele, errando em não trazer originalidade a sua obra.

O ato final, que é o confronto das duas realidades de Neve, é tão bagunçado e confuso que quando tudo acaba você fica alguns instantes em silêncio assimilando tudo e para realizar que o filme acabou.

Infelizmente, Os Excluídos entra para aquela lista de filmes cheio de altos e baixos, com potencial, mas que são apagadas pelo conjunto total da obra que carece de personalidade, de uma marca autoral.

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