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Seria “Origem” o novo “Lost” da atualidade?

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Seria “Origem” o novo “Lost” da atualidade?

É inegável o sucesso absurdo que “Lost” teve e a sua importância para a televisão. Desde então várias séries tentam ganhar o título de o novo “Lost”, não apenas com sucesso de audiência, mas também com um roteiro tão encriptado e complexo quanto a série da ABC. Porém até hoje nenhuma conseguiu esse feito. Mas será que “Origem” consegue ser o novo “Lost” da atualidade?

OrigemMesmo com a nova dinâmica de se ver televisão graças aos serviços de streaming, as produtoras mundo à fora tentam emplacar um novo “Lost”. A mais nova série disponível no Globoplay, ” Origem” tenta ganhar esse título.

Intitulada como “Origem” a série criada por John Griffin de fato lembra o espírito de “Lost”, ao invés de uma ilha, temos uma pequena cidade do interior dos EUA, onde os cidadãos são impedidos de sair por forças misteriosas. Além disso, todo dia ao pôr do sol o sino da igreja toca, e todos entram em suas casas protegidas por talismãs, pois se eles saírem à noite serão atacados por criaturas monstruosas. O roteiro de Griffin parece muito ser uma mistura de Sob a Redoma e O Nevoeiro, ambas adaptações baseadas na obra de Stephen King. A série toda cabe muito dentro do estilo de King, a cidade lembra muito a cidade de It – A Coisa também.

A série é bem conduzida nos primeiros episódios, a cidade funciona normalmente até os sinos tocarem e todos se recolherem para suas casas, quando há um ataque dos monstros que as explicações começam. A trama se desenrola com as interações dos personagens e a tentativa de resolver os mistérios que surgem. É, surpreendentemente, interessante a disciplina e protocolos que a cidade construiu para sua sobrevivência, tudo liderado pelo xerife.

O xerife Boyd Stevens, interpretado por Harold Perrineau, que também participou de “Lost”,  reforça ainda mais o interesse em tornar esse série “o novo Lost”. Assim como o público, os cidadãos escoram todas as suas esperanças no xerife, que sem dúvida é o melhor personagem da série. Não apenas pela atuação de Harold, como também pela maneira que o xerife conduz a cidade para longe do abismo da miséria. Aliás, a importância desse personagem é o ponto crucial em roteiros de terror: a esperança. Entenda que a esperança é a única coisa que mantém os personagens de uma produção de terror no tormento eterno, do contrário eles se matariam. E todo o peso da esperança reside nas costas do xerife.

A direção conduz bem o terror, a fotografia se concentra na luz natural para que o público sempre tenha em mente que assim que o sol desce no horizonte, todos estão em perigo do lado de fora.

É uma série de terror que tem tudo para ficar no imaginário do espectador, com mistérios que realmente criam interesse. Todavia é temerário basear todo o apego do público em apenas um personagem, o xerife, no caso. Se o roteiro continuar não sendo capaz de conquistar o público com todos os personagens assim como com os mistérios, “Origem” estará muito longe de ser o novo “Lost”.

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