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Derrapada faz um retrato otimista da vida adulta

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Todos conhecemos histórias trágicas se gravidez na adolescência. Seja por abuso, seja por inconsequência, vários jovens tiveram suas vidas radicalmente alteradas por uma criança que não foi planejada, Derrapada parte desse premissa. O roteiro de Pedro Amorim, em parceria com Izabella Faya e Ana Pacheco, não nega os dramas e as dificuldades que estão inerentes a essa situação, todavia o roteiro também traz à luz o que há de feliz.

DerrapadaDerrapada ressalta a importância de uma família amorosa no papel de Nanda Costa, uma mãe solo que criou sozinha um filho de ouro, e que não reproduz o papel de pai ausente. Já Matheus Costa quebra a quarta parede em vários momentos, o que alivia a tensão em vários momentos, e sua atuação transborda um otimismo contagiante.

Dirigido por Pedro Amorim, a trama de Derrapada conta a história de Samuca (Matheus Costa) um jovem de 16 anos que tem uma vida tranquila no Rio, que lida com várias questões ligadas a sua idade. Relações com a mãe, Melina (Nanda Costa), o pai ausente (Augusto Madeira), e, é claro, a crush da escola, Alicia (Heslaine Vieira). Entre o skate e a escola, Samuca consegue ter uma vida boa, com a presença da mãe que é sua maior fã. Depois que finalmente consegue conquistar Alicia, a vida do garoto virou um céu de brigadeiro, até a realidade lhe dar um tapa na cara. Porque Alicia está grávida de Samuca.

No primeiro momento, a trama do longa é totalmente batida, já que a gravidez na adolescência é uma realidade no Brasil inteiro. A atenção do público se mantém pelo carisma incrível que todo o elenco tem Assim criando uma conexão do publico  com os personagens, sem necessariamente se importar com a estória.

Além disso, o fato de ser ambientando na Cidade Maravilhosa, além de trazer a realidade do dia-a-dia no Rio de Janeiro para o longa, fazem do filme um cartão postal da cidade em meio a obra otimista sobre os dilemas da vida.

Aliás, a fotografia faz uso de cores quentes não há à toa, é para realçar as aspereza da pele, o suor, a luta da classe trabalhadora brasileira, e também o calor constante do Rio de Janeiro. O estilo artístico de animações na montagem que aparecem no longa traz o arte do grafite em si, arte essa que colore a cidade em vários bairros.

Sem dúvida, Derrapada é uma belíssima surpresa, que traz um sopro de felicidade e esperança para a dura realidade do Brasil. Filmes assim, que podemos chamar alto astral, sempre existiram na cinematografia nacional, e nos lembram que a arte também tem a função de acomodar aqueles que estão incomodados.

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