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Hypnotic: Ameaça Invisível – Novo filme de Robert Rodriguez traz referencias a filmografia de Christopher Nolan

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O diretor Robert Rodriguez é conhecido principalmente por seus filmes de galhofa, como Um Drink Para o Inferno e Planeta Terror, o que nem de longe é um aspecto ruim para a carreira de um diretor. O problema começa quando seu novo filme quer ser levado a sério, mas a incapacidade do diretor não permite.  Hypnotic – Ameaça Invisível apresenta a história do detetive Rourke (Ben Affleck) que retorna ao trabalho na polícia, após lidar com o luto da perda de sua filha. Ao investigar uma série de roubos a banco, Rourke se choca com uma realidade saída de histórias em quadrinhos quase. Uma organização inteira de pessoas capazes de controlar mentes.

HypnoticÉ necessário entender que, a primeiro momento, Hypnotic: Ameaça Invisível realmente mostra potencial. A começar pelo elenco com Ben Affleck, Alice Braga e William Fichtner, três nomes fortes e extremamente versáteis em atuação. A direção de Rodriguez começa muito bem, dando atenção a pequenos detalhes, planos bem fechados e uma fotografia de tons muito quentes. A trama do roteiro, escrito por Rodriguez com Max Borenstein, vai se desenrolando e realmente criando camadas que criam um interesse genuíno. Parece muito com um filme do Batman, sinceramente, a trama e o vilão se encaixam perfeitamente em uma história do homem-morcego. E essa impressão só fica mais forte por conta da presença de Ben Affleck.

O problema começa quando o longa começa a querer ser muita coisa, porque o roteiro vai escalonando os eventos e os poderes, que tudo se torna grande demais para um filme dessa proporção. Em vários momentos fica claro que a direção imita outros longas similares, como A Origem, de Christopher Nolan. E é nesse momento que toda a seriedade do filme vai por água abaixo, afundando em uma galhofa que o espectador se desconecta totalmente de tudo e só assiste para saber se o tempo investido vale a pena.

 O terceiro ato é reinado pela dúvida se a direção e o roteiro ficaram apenas ruim ou se todo o dinheiro do projeto acabou, ou os dois. Quando a organização de controle da mente é apresentada é algo tão ridículo visualmente que estraga por completo a reviravolta. Além disso, fica claro também que Ben Affleck se cansa e coloca sua capacidade de atuação no automático. A única que tenta com todas as forças manter a seriedade do papel é Alice Braga.

Até a metade, Hypnotic: Ameaça Invisível consegue surpreender, porém ele se rende a megalomania e se perde em si mesmo. O filme ainda consegue criar algumas surpresas, todavia ele nem se dá ao trabalho de ter um final decente, apenas acabando e jogando os créditos na cara do público que perdeu seu tempo na sala de cinema.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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