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Mamonas Assassinas: O Filme peca ao contar a história do grupo

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Que os Mamonas Assassinas dominaram as paradas de sucesso nos anos 90, com seu humor peculiar, todo mundo sabe. A banda que fez história e entrou para os anais da musica (trocadilhos à parte), agora ganha um filme tributo para chamar de seu.

Mamonas Assassinas

Veja bem, quando falo tributo, me refiro a homenagem feita à todos eles, que é valida, porém como estrutura cinematográfica para contar a trajetória dos Mamonas Assassinas, o filme tem problemas, à começar pela falta de carga dramática.

O elenco composto por Ruy Brissac dando vida a Dinho, Alberto Hinoto interpretando Bento, Robson Lima (Júlio Rasec), Adriano Tunes como Samuel e Rener Freitas (Sergio Reoli) estão carregados pelo estereotipo do grupo, (muito bom, por sinal). Mas fora dos palcos, falta a presença enfática do empresário Rick Bonadio, este muito mal retratado, além de quase não retratar a família de cada um. Aliás, para quem não sabe Rick Bonadio tem em seu currículo a descoberta de grandes nomes da música e a produção de artistas como Charlie Brown Jr., Los Hermanos, Ultraje a Rigor,  Luiza Possi, Rouge, IRA!, NX Zero, Fresno, Titãs, Mr. Catra, Roberta Miranda entre muito outros. Confira entrevista com Rick Bonadio!

Quase 30 anos depois, a cinebiografia chega aos cinemas de forma decepcionante. Questões importantes em sua trajetória se quer ganham resolução como o papel dos fãs, além da namorada de Dinho. A trama faz a reconstituição de fatos, praticamente como passagens em suas vidas. Além disso, a montagem e a narrativa é acelerada e banalizada, esquecendo completamente de ser um filme sobre a banda, mas, sim sobre Dinho, o vocalista do grupo, aquele rapaz desinibido e irreverente.

Mamonas Assassinas – O filme deixa o resto do grupo como praticamente figurantes, em um filme que lhes dá pouquíssima atenção. Essa ficção baseada em fatos reais, se beneficia, certamente, da impressionante semelhança física entre ator e personagem.

Enfim, a direção do estreante Edson Spinello deixa a desejar, assim como a montagem de Rodrigo Daniel Melo isso sem contar o engessamento da movimentação do elenco.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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