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Bob Marley: One Love aborda relação política e religiosa de Bob Marley

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Kingsley Ben-Adir faz de Bob Marley: One Love um relato poderoso sobre justiça.

O maior ícone do reggae, Bob Marley, ganhou seu filme biográfico neste ano intitulado de Bob Marley: One Love. Em meio a total crise política e onda de violência na Jamaica, Bob pretende realizar um show para unir todo o povo em prol da paz e união. Mas a violência crescente contra ele e sua família o faz sair da Jamaica, fazendo o produzir seu novo álbum, “Exodus”, na Inglaterra.

Bob Marley: One Love

Bob Marley: One Love entra para a lista de grandes produções biográficas de astros da música, como os mais recentes Bohemian Rhapsody e Rocketman, porém, diferentemente, das produções citadas, a cinebiografia de Bob Marley faz um potente sobre o homenageado.

O roteiro opta por usar um recorde histórico que vai desde o atentado contra Bob e a criação do consagrado álbum “Exodus” até o show “One Love Peace Concert” que marca o juramento de paz entre os partidos políticos da Jamaica. Além disso, o longa faz uso de flashbacks para contar fatos cruciais da sua vida, assim construindo uma narrativa clara e bem estruturada fora da linguagem linear.

A figura de Bob Marley é complexa e cheia de polêmicas que o filme decide não explorar muito, apenas tocando levemente nos casos de adultério cometidos por ele. O filme aborda muito mais o lado religioso e espiritual de Bob Marley como seguidor e mensageira do movimento Rastafari. Aliás, os roteiristas usam muito bem os escritos e ritos rastafari para criar de fato uma aura religiosa no filme que funciona muito bem.

O elenco é excelente, mas o destaque é sem dúvida de Kingsley Ben-Adir e Lashana Lynch como Bob e Rita Marley. A intimidade e química entre os atores é poderosa, chegando ao ponto de emocionar o público. Kingsley emula de forma perfeita as danças que Bob Marley realizava no palco. O segundo ato do longa foca na construção do álbum e das músicas, desde do momento de inspiração até a gravação de estúdio e elaboração da capa do álbum.

A direção de Reinaldo Marcus Green é excelente em retratar o biografado como uma figura quase que mitológica, e ainda assim cheia de humanidade. O filme trata o cantor como um mártir, já que Marley acaba morrendo de câncer em 1981. Bob Marley: One Love honra a história do cantor pelo símbolo que ele era, uma pessoa que acreditava que no poder da música em unir as pessoas em uma causa comum e benéfica para todos.

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