Centro Nacional de Folclore recebe exposição com obras do grafiteiro Marcelo Ment

Na cena das artes urbanas, Ment é um nome reconhecido, com obras espalhadas por muros, coleções e museus do Brasil e do exterior. Seu nome está presente em publicações que são referência no gênero como o “Street Fonts: Graffiti alphabets from Around the world” (2011), de Cláudia Walde, que mapeou caligrafias urbanas de grafite em 154 países. É o único brasileiro a integrar a renomada “Stick Up Kids Crew”, fundada em 1993 pelo alemão Can2 (um dos mais importantes nomes do grafite mundial), que reúne artistas urbanos de todo o mundo.

Marcelo Vaz Coelho, o Ment, adotou seu nome artístico em referência ao seu apelido na infância. Seus amigos o chamavam de “cabeça”, “mente”. Ele nasceu em 1977, na cidade de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, e cresceu na Vila da Penha, Rio de Janeiro, até se mudar para o bairro de Laranjeiras, sede do time do qual é um apaixonado torcedor, o Fluminense.

Nas obras de Ment, palavras, linhas, formas e cores se fundem para dar corpo a figuras humanas, complexos urbanos e imagens oníricas, para citar exemplos de um amplo repertório que reúne e expressa afeto, delicadeza, inventividade e força. Seu compromisso é com a democratização da arte enquanto grafiteiro, artista urbano, arte educador, designer gráfico e, acima de tudo, cidadão.

Em suas palavras: “Eu costumo dizer que a minha faculdade foi a rua (…) as ruas me levaram a estar em contato com todo tipo de gente, a me aceitar e aceitar as diferenças e aprender a conviver com essas diferenças.”

No pensamento de Ment, giram inquietações sobre a produção da arte: quem são os atores sociais e as redes de instituições que a produzem no mundo contemporâneo? Ele provoca a reflexão sobre caminhos, fronteiras e dilemas acerca dos sentidos atribuídos às artes e suas adjetivações: popular, urbana, contemporânea.

Grafitando muros, pintando telas, realizando impressões em 3D ou trabalhando no meio digital, Ment tem uma linguagem particular, construída ao longo de uma carreira iniciada em 1998. Seu exercício é de alteridade e ação estética, afetiva, social e política. Um convite a quebrar barreiras, rever conceitos e refletir sobre caminhos e o agora.

Serviço
Visitação: dia 09 de fevereiro até até maio de 2024
Local: Galeria Mestre Vitalino do CNFCP/Iphan, Rua do Catete, 179
Visitação: terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h