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Zona de Risco traz Russel Crowe e os irmãos Hensworth em filme genérico de guerra

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Filmes de ação com temática de guerra sempre fizeram relativo sucesso, alguns premiados com louvor, como Guerra ao Terror , de Kathryn Bigelow, e outros como Falcão Negro em Perigo, que tem um tom mais de propaganda militar norte-americana. No caso de Zona de Risco, ele tende mais para propaganda.

Zona de Risco

Dirigido por William Eubank, Zona de Risco aborda uma operação secreta no Mar de Sulu, perto das Filipinas, para resgatar um agente sequestrado da CIA. Contudo a operação sai do controle, e cabe ao sargento Kinney (Liam Hemsworth) e o capitão Grimm (Russell Crowe) trabalhar juntos e tirar todo mundo vivo daquela missão.

O filme começa de forma muito bem elaborada, leve e divertida com Russell Crowe agindo como excelente alívio cômico. Aliás, a dinâmica de ação é totalmente focada nos moldes da guerra moderna, onde se tem um pequeno grupo terrestre e o grupo de apoio remoto em alguma base bem longe. No caso, Crowe atua como piloto de um drone de combate que dá apoio aéreo e logístico aos soldados em terra. O roteiro escrito pelo diretor Eubank, com auxílio de David Frigerio, consegue trazer discussões muito sólidas e realistas como esse modelo de guerra. Atualmente, um piloto de drone aperta um botão e é capaz de matar vinte pessoas por um míssil. Essa, certamente, é sem dúvida a discussão mais interessante do longa.

A direção de William Eubank lembra em diversos momentos o mesmo estilo usado em videogames, de modo que a câmera usa vários enquadramentos em FPS, traduzido do inglês, “atirador em primeira pessoa”. Esse estilo acaba sendo uma marca do diretor, também presente em seu outro trabalho de 2020, Ameaça Profunda, que funciona em paralelo com o estilo de games. A linguagem militar assim como as coreografias de ação são muito bem conduzidas.

Infelizmente, logo no segundo ato os problemas do roteiro tornam-se gritantes. O filme repete as mesmas fórmulas e soluções, sem tentar criar um desenvolvimento maior dos personagens, como o de Crowe. O personagem do capitão Grimm é tão mais carismático, justamente pela atuação, que nos momentos finais é mais interessante acompanhar o personagem descobrindo o mundo dos alimentos veganos que os soldados em combate lutando pela vida. Além disso, outro elemento que sai do controle são as noções de tempo/espaço. É claro que é necessário usar certa suspensão de descrença nessas circunstâncias, contudo os tempos exatos e distâncias são usados constantemente que no fim não há como ignorar mais. Segundos tornam-se quase horas, assim como é necessário horas para marchar apenas poucos quilômetros. Uma ou duas vezes até podem passar, mas é o tempo inteiro mostrando medidas de tempo e distância.

Porém, o saldo final de Zona de Risco acaba sendo nulo pela falta de entrega do terceiro ato, o filme acaba totalmente fora do tom, a sensação que fica é que o diretor jovem queria filmar alguma coisa com Russell Crowe, pois ele é longe o personagem mais bem escrito e o único que é desenvolvido.

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