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Nelson Mandela é tema de musical infantil no Futuros – Arte e Tecnologia

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Uma viagem no tempo para conhecer a infância e as vivências de um dos mais importantes homens da história recente esta é a proposta do musical infantil “Menino Mandela”, que estreia no centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo.

Com poesia e leveza, canções originais, teatro de sombras, bonecos e danças africanas, o espetáculo imagina um encontro entre o Mandela criança e sua neta Zoe para apresentar ao público o menino Rolihlahla (posteriormente rebatizado Nelson) numa das fases mais felizes de sua vida. Na trama, Zoe precisa fazer um trabalho de escola sobre seu avô e contar como foi sua infância na aldeia sul-africana Qunu. Conversando com ele e revendo suas memórias, uma “fenda no espaço-tempo” transporta Zoe para 1926, quando ela encontra seu avô ainda criança se desdobrando para aproveitar ao máximo a vida entre brincadeiras, obrigações e o aprendizado com os anciões de sua tribo. Às voltas com um mundo repleto de hábitos e saberes novos, o menino vai enfrentar a perda precoce do pai e a despedida da mãe, que precisa entregá-lo aos cuidados de seu tutor, o Rei Jongintaba. A partir daí, o pequeno Nelson terá que desbravar um mundo desconhecido e pautado pela desigualdade racial.

O diretor Arlindo Lopes mergulha mais uma vez na história e no legado dos povos pretos depois de seu sucesso anterior, ‘Ombela – A Origem das Chuvas’, do angolano Ondjaki, aclamado pela crítica e premiado em nove categorias do Prêmio CBTIJ de Teatro para Infância e Juventude. Na concepção do diretor, a menina Zoe, ao testemunhar a infância do avô e se encontrar com sua ancestralidade, dá início às suas “escrevivências”, escrita inspirada no conceito cunhado pela escritora Conceição Evaristo: “Escrevivência – escrita que nasce do cotidiano, das lembranças, da experiência de vida da própria autora e do seu povo”.

“Nelson Mandela sempre foi uma das pessoas mais inspiradoras e potentes que passou por essa nossa existência. Logo após a sua morte, vi uma explosão de publicações que retratavam a sua jornada, e me chamaram atenção as várias versões de livros infantojuvenis que retratavam sua infância em Qunu. O próprio Mandela declarou diversas vezes que em sua aldeia viveu os dias mais doces e felizes de sua existência. Me debrucei a ler esses livros e, claro, me encantei por sua autobiografia. Para mim, o Teatro Infantil tem papel fundamental na formação de crianças que se tornarão adultos mais conscientes de nossa diversidade e pluralidade social”, explica o diretor Arlindo Lopes.

“Para nós, o teatro infantil serve à experimentação, é o momento de descobertas de novas ideias e de aprendizado sobre grandes histórias. Nossa missão é, por meio da arte, estimular o olhar crítico e construtivo de todos. Com “Menino Mandela”, o Futuros – Arte e Tecnologia recebe em seu teatro um espetáculo que proporciona ao público, aos adultos, jovens e crianças, uma grande aventura que também reflete sobre temas de extrema importância nos dias de hoje, em especial sobre a desigualdade racial”, destaca o gerente de cultura do instituto Oi Futuro, Victor D’Almeida.

O espetáculo conta com direção musical, arranjos e música original de Wladimir Pinheiro, coreografias e preparação corporal da especialista em danças africanas pela Ecole dês Sables (Senegal) Fernanda Dias e assistência de direção e preparação em Yoga de Vanessa Pascale. As canções do espetáculo, embaladas pela sonoridade musical da África do Sul, são executadas pela violoncelista Flávia Chagas, a percussionista Geiza Carvalho, o pianista Wladimir Pinheiro e o trompetista Abraão Kimberley, estes dois últimos também atores da montagem.

O artista visual Dante (criador, na novela “Renascer”, do ‘cramulhãozinho’ de José Inocêncio) criou, especialmente para o espetáculo, bonecos de tamanho natural para representar Nelson Mandela idoso, a avó de Mandela e um rebanho de ovelhas, uma vez que Mandela foi também pastor na infância.

Os figurinos de Tereza Nabuco, premiada por seu trabalho em ‘Ombela – A Origem das Chuvas’, serão todos em preto e branco, em contraponto ao cenário de Mauro Vicente Ferreira, que trará as raízes da árvore Baobá e os tons terrosos que remetem ao ambiente da aldeia. A iluminação de Ana Luzia Molinari de Simoni destaca o contraste com as pinturas do cenário em tinta Corion, que brilham no escuro, e também dá conta da técnica do Teatro de Sombras. O visagismo de Joana Seibel, o design de som de Lucas Campello e o design gráfico de Gilberto Filho completam a ficha criativa.

Serviço:
Temporada: 1 de março até 14 de abril
Horários: sábados e domingos, às 16h
Local: Teatro do Futuros – Arte e Tecnologia (Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63, )
Bilheteria: não há bilheteria física – a validação dos ingressos é feita a partir de meia hora antes do espetáculo no térreo. Vendas online em www܂sympla܂com܂br
Capacidade: 63 espectadores (sendo 1 assento para cadeirante/PCD e acompanhante cadeirante, e 1 cadeira para obeso)

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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