Marta Arruda celebra 40 anos de profissão com exposição

A artista plástica alagoana Marta Arruda vem produzindo esculturas abstratas e painéis em aço ao longo de quatro décadas. É com muita criatividade que transforma a dureza do material bruto em obras singulares de metal-arte.

Nesse período, Marta estará à frente de duas visitas guiadas: no dia da abertura, 1º de outubro, às 17h, antes do coquetel, às 18h; e no dia 8 de novembro, às 16h. Ainda no dia 8, às 17h, a artista vai ministrar uma Oficina de Modelagem Lúdica e Sensorial, apresentando o seu processo criativo e direcionando a produção de maquetes em fio rígido e cartolinas coloridas, e, às 19h, estará no lançamento do catálogo impresso da exposição. Tudo de graça para o público!

“Essa exposição na CAIXA é um presente muito valioso. E que oportunidade única comemorar esses 40 anos, uma data tão especial, em grande estilo: recebendo os olhares do público carioca”, celebra Marta, que expôs na cidade há muitos anos, no Clube Militar, onde fez amigos. “Naquele tempo frequentei vários espaços culturais, com minha pasta de fotos dos meus trabalhos, sempre procurando mostrar para alguém”, recorda.

A mostra conta a trajetória desta artista singular, que se tornou a primeira soldadora do Gasoduto Nordeste, atuando na tubulação que vai para o Porto de Suape. O ano era 1985 e Marta estava em Recife quando confeccionou a sua primeira peça, que seria para decorar a sua casa. A obra chamou a atenção de uma artista local, que insistiu muito até convencer Marta a se inscrever no Salão de Arte Contemporânea de Pernambuco.

A peça candidata, Novo Horizonte – das raríssimas com título -, foi selecionada para participar no Salão, em 1987, que ela considera um marco da sua carreira profissional. Desde então, Marta vem produzindo metal-arte, com peças de variadas formas abstratas, que saem da sua imaginação e viram obras singulares – obras que estão espalhadas em vários locais de Alagoas e do Brasil, em acervos de colecionadores ou criadas sob encomenda.

A inspiração de Marta vem do próprio fazer. “Dominar o aço e vê-lo ganhar novas formas é bastante prazeroso para mim. Olha, eu não sei desenhar, nem sei fazer um layout ou coisa do tipo, mas quando pego as chapas, sejam cortadas ou inteiras para que eu mesma corte, faço isso com muita intimidade. É um momento muito nosso, meu com o aço. Depois de pronta, a arte, percebo que consegui passar muito do que sentia”, explica.

Com 40 peças de várias de suas fases, a exposição gratuita MARTA ARRUDA: 40 ANOS DE ESCULTURAS ficará em cartaz entre os dias 1º de outubro e 1º de dezembro, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro.