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Queda de Gigantes

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queda A primeira parte da trilogia “O Século”, escrita por Ken Follet (Os pilares da terra), inicia-se no alvorecer do século XX e acompanha a trajetória de cinco famílias de diferentes nacionalidades: os Dewar (norte-americanos), Fitzherberts (ingleses), Von Ulrich (alemães), Peshkov (russos) e os Williams (galeses). O período abordado no livro se passa entre 1911 à 1924 e aborda temas históricos como a Primeira Guerra mundial, a tirania Czarista e a Revolução Russa.

Um dos méritos da Follet é a paciência do autor em narrar os acontecimentos sem afobação e com o máximo de fidelidade possível, para tanto o numero final de paginas (908) pode vir a afastar os leitores menos experientes. Outro mérito do autor é o uso de diferentes pontos de vista em momentos chaves da história, um exemplo é durante o período da Primeira Guerra em que os confrontos são abordados sob a ótica de personagens que estão nas trincheiras: aqueles que vem de classes sociais inferiores, apenas, sobrevivem sem ter noção do quadro geral do conflito, já os que estão nas salas de guerra (classes abastadas) , bolando estratégias, mas sem a noção de como é a sujeira no campo de batalha.

No entanto, a diversidade de pontos de vista na história vem a se tornar um problema no decorrer da história. Follet demonstra durante a trilogia uma dificuldade em criar momentos de originalidade para situações cotidianas, melhor dizendo, quando ele começa a apelar a momentos clichês como o amor impossível, o sogro mafioso dentre outros.

Os personagens também não possuem um carisma bem distribuído, justamente por isso, pode-se notar que aqueles que possuem as histórias mais interessantes são, justamente, os que participam diretamente dos momentos históricos, enquanto aqueles que vivem em momentos ficcionais ficam relegados a situações padrões. Porém, esse pequeno defeito não obscurece essa primeira parte da trilogia épica criada pelo escritor galês.

Resultado de um trabalho de pesquisa minucioso, tanto da história conhecida, quanto da própria estrutura social da época, “Queda de Gigantes” funciona como uma obra de diversão, mas, também, como critica a uma sociedade, que ainda existe, cuja fundação se faz sobre uma pirâmide, com uma ponta dedicada a uma pequena classe de pessoas, mas com uma base que esmaga um grande numero de outras.

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