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Dani Calabresa fala da experiencia de voltar aos musicais em “O Jovem Frankenstein”

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Obra inspirada no clássico ‘Frankenstein’, escrito pela britânica Mary Shelley, foi publicada em 1818.

Dani Calabresa volta aos palcos dos musicais em “O Jovem Frankenstein”. Na produção com ares de Broadway, a atriz trabalha pela primeira vez com Charles Möeller e o Claudio Botelho.

Dani CalabresaO musical que conta a história do doutor Frederick Frankenstein, um neurocirurgião que herda do avô um castelo na Transilvânia e resolve fazer uma experiência, ganha sua versão brasileira aos olhos dos diretores Charles Möeller & Claudio Botelho.

O filme O Jovem Frankenstein (1974) foi lançado nos cinemas há quase cinco décadas. Considerado um clássico da comédia, cuja obra influenciou algumas gerações de artistas, ajudou a moldar o humor até os dias de hoje em todo o mundo.

 Conversamos com a atriz e comediante Dani Calabresa, em cartaz no musical, no papel de Elizabeth Benning, noiva do doutor Frankenstein. Confira abaixo a entrevista.

 “O Jovem Frankenstein” é seu primeiro musical, como foi o convite para fazer parte do espetáculo?
Dani Calabresa – Eu sou apaixonada por musicais, fazer era um sonho!
Na verdade eu já tinha feito musicais, em 2005, eu fui fazer curso de interpretação musical na Casa de Artes Operaria e eu tive a sorte de ter aula com Andressa Mazzei, que é uma atriz maravilhosa, que arrasa em vários musicais. Ela foi uma madrinha pra mim! Ela viu que eu já sabia atuar e que se eu fizesse algumas aulas de canto dava para me preparar para teste e foi o que ela fez. Graças a ela eu fiz três musicais muitos legais, “Cantarolando”, “Romeu e Julieta – um musical brasileiro” e “Caiu do Céu”, do diretor Fred Reder. Então, graças a eles, eu realizei esse sonho, mas depois eu não fiz mais musicais pois comecei a fazer show de humor, stand-up, e ai o sonho ficou para trás.

Voltar aos palcos em um musical dessa grandeza, tem, certamente, sido uma experiência maravilhosa, transformadora e muito emocionante. É o sonho de qualquer comediante!

Dani Calabresa “O Jovem Frankenstein” é a minha estreia num super musical da Broadway e como faz muito tempo que não faço musicais é como se fosse uma estreia. Além de ser a primeira vez que eu trabalho com o Charles Muller e o Claudio Botelho, dois diretores, incrivelmente, geniais. Eles estão num lugar muito especial no meu coração. Estou muito feliz de trabalhar com eles! São pessoas que inspiram a gente!

A gente acompanhou um pouco dos ensaios pelo o que você mostrava nos seus Stories. Parece que a sintonia e descontração tomou conta, né. Em algum momento, você precisou deixar seu lado comediante de lado para encarar esse novo desafio?
Dani Calabresa – Graça à Deus não! … (risos), Eu consigo fazer drama e gosto, mas eu amo fazer comedia, então, por isso que eu falo, Graça à Deus eu não precisei deixar esse lado cômico porque é um prazer para mim. Aliás, a comedia é o principal elemento desse musical, criado pelo Mel Brooks, que é um gênio da comedia.

Todo mundo tá muito engraçado! Temos um elenco dos sonhos! É realmente um dream team! O Marcelo Serrado é muito engraçado e canta super bem. Eu acho que as pessoas vão amar assistir ele no teatro. Fernando Caruso é um comediante genial, Totia é uma deusa, uma musa do teatro musical, ela faz qualquer papel. Ela se entrega com tanta energia! Hamilton Dias, que o é monstro, super talentoso e versátil. E a Malu Rodrigues, maravilhosa, talentosa, Bel Kutner, enfim, todo o elenco tem um timing bom para comedia.
Eu poderia ficar falando sobre esse assunto por horas. O maior desafio foi, certamente, encarar a rotina de musical.

Aliás, como foi o processo de construção da sua personagem? Você assistiu ao filme quantas vezes?
Dani Calabresa – Eu vi o filme faz tempo e já tinha achado engraçado, ai eu assisti mais uma vez, assim que o Claudio me chamou. Quando o Claudio me convidou, eu fiquei desesperada, acelerada, meu coração estava explodindo, querendo dizer sim logo, mas meu cérebro falava ”Calma, cantar é difícil, tem que ter fôlego, …, tem que se comprometer …”,  é uma dedicação diferente, e tudo que eu faço eu quero fazer bem, eu não faço nada 80%, faço 120%. Precisei pensar um tempinho para aceitar, mas eu não estudei tanto o filme, a preocupação era me entregar de corpo e alma, eu me cobro bastante, eu sou meu controle de qualidade. Perfeccionista até demais.

Você precisou fazer trabalho de voz?
Dani Calabresa – Fui apresentada ao Gilberto Chaves, que um fonoaudiólogo e preparador vocal maravilhoso, ele transformou a minha vida. Ele me fez gostar de fazer aulas de canto e gostar da minha voz. Além de como não perder a saúde da voz diante de uma rotina louca como a minha.

Dani CalabresaEu confesso que amei o musical, suas tiradas são ótimas. Rolou um improviso? Ou tudo foi alinhado junto aos diretores?
Dani Calabresa – Que bom que você gostou, fico feliz! Sim, rolou improviso, tem muitos cacos. A gente vai testando nos ensaios. E quando todo mundo ri, a gente cristaliza o caco. Aliás, tem improviso que quase toda sessão a gente arrisca algum comentário, alguma piadinha, até para ver se um consegue fazer o outro rir. Eu tive um ataque de riso depois que o Serrado teve um desses momentos.

Podemos esperar por você em novos musicais? Quem sabe um produção brasileira sobre a Disney?
Dani Calabresa – Ah, eu desmaio! Essa é a minha resposta para essa pergunta, eu desmaio! Com a palavra Disney, eu quase já aceito sem cachê. E sim, podem esperar, é uma paixão que eu tenho que eu tô vendo que consigo realizar. E eu quero fazer mais com certeza.

Saiba mais sobre a peça!

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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