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“Vida na Fé – Matriz Africana – edição Bangbala” no CCC

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A exposição “Vida na Fé – Matriz Africana – edição Bangbala” chega ao Centro Cultural Correios, numa exaltação e imersão na riqueza das matrizes culturais africanas.

Através de uma curadoria envolvente, a exposição tem o intuito de resgatar, preservar e apresentar as tradições, rituais e expressões artísticas que compõem a herança africana. O principal objetivo da iniciativa é fomentar o entendimento intercultural, celebrar a diversidade e destacar a influência fundamental dessas matrizes na formação da cultura brasileira. É uma celebração contínua do vasto legado cultural deixado por grandes ícones das religiões de matriz africana.

Com fotografias de Milana Trindade, curadoria do Babalorixá Professor Anderson Bangbose e pela Prof. Ms Elaine Marcelina, e direção de Fábio França, a exposição é do Idealizada pelo Ilê Asé Arutuboigbo e Flor da Luz Participações e celebra a edição Ogan Bangbala, em homenagem a Luiz Angelo da Silva, que aos 105 anos de idade e 98 anos dedicados à religiosidade, continua a cantar e tocar para os orixás.

Segundo o curador e Babalorixá, Anderson Bangbose, Bangbala é uma figura crucial na construção e pavimentação de grandes terreiros tradicionais no Rio de Janeiro e Salvador, sendo o mais antigo ogan alagbê vivo no Brasil e ainda em atividade. Em novembro de 2014, Ogan Bangbala foi agraciado com a medalha de Comendador pela presidente Dilma Rousseff, uma honraria da Ordem do Mérito Cultural.

“A exposição ‘Vida na Fé – Matriz Africana. Edição Ogan Bangbala’ é mais do que uma exibição, é um convite para mergulhar nas raízes culturais africanas e celebrar a resiliência e a beleza da cultura afro-brasileira. Venha vivenciar esta jornada emocionante e descobrir as histórias, os símbolos e os personagens que continuam a moldar nossa identidade cultural”, convida o Babalorixá e curador.

O Brasil é um dos países que mais receberam escravizados africanos e, por isso, a cultura brasileira é baseada nas diversas culturas africanas. Desta forma, as religiões de matrizes africanas desempenham um papel vital na história do Brasil, permeando a música, dança, religião, culinária e valores sociais. No entanto, essa influência muitas vezes é subestimada ou obscurecida.

“É crucial que projetos culturais como o nosso busquem resgatar e preservar essas tradições, para que as futuras gerações possam compreender a profunda contribuição africana para a nossa diversidade cultural”, pontua Fábio França, diretor da exposição.

A professora e também curadora, Elaine Marcelina, reforça que a motivação para a idealização deste projeto parte do desejo sincero de combater a marginalização das culturas africanas e oferecer um espaço inclusivo onde suas riquezas possam ser apreciadas e compartilhadas.

“Nossa equipe, composta por estudiosos das culturas africanas e afro-brasileiras, está profundamente comprometida em disseminar conhecimento e promover a coexistência harmoniosa de diferentes heranças culturais. O diferencial desta exposição reside na abordagem interativa e envolvente, que combina exposições visuais, performances, atividades educativas e palestras especializadas”, reflete.

Após uma vasta pesquisa para a realização da exposição “Vida na Fé – Matriz Africana”, a direção produziu um documentário sobre a vida e a obra de Luiz Ângelo da Silva, mais conhecido como Ogan Bangbala, que será lançado no primeiro dia da exposição, 27 de julho, no Centro Cultural Correios. Dirigida por Fábio França e pelo Babalorixá Anderson Bangbose, a obra é uma epopeia visual e emocional sobre a trajetória do ogan. Aos 105 anos de idade, com quase um século dedicado à religiosidade dos orixás, Bangbala é uma testemunha viva das tradições que moldaram e ainda influenciam a cultura afro-brasileira.

“Este documentário, mais do que um mero registro, é um rito à persistência do espírito humano e à riqueza das tradições afrodescendentes. Através dele somos levados a uma jornada que começa na tenra infância de Bangbala e nos guia pelos terreiros históricos de Salvador e do Rio de Janeiro, onde ele deixou sua marca indelével como o ogan alagbê mais antigo e ainda em atividade no Brasil”, celebra Fábio França.

No Candomblé, o ogan é responsável por tocar instrumentos de percussão, como atabaque ou agogô, e cada cena é um convite para entender a importância dos ogãs no candomblé. Mestres da percussão, cujas as mãos trazem os sons que chamam os espíritos e guiam os fiéis em suas jornadas espirituais.

SERVIÇO:
27 de julho a 28 de setembro
Terça a sábado da 12h às 19h
Local: Centro Cultural Correios Rua Visconde de Itaboraí 20, Centro,

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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