- Publicidade -

Criador e diretor Artístico Dick James de Fuerza Bruta fala sobre o espetáculo em cartaz no Metropolitan

Publicado em:

Visto por mais de cinco milhões de pessoas no mundo, o espetáculo que é sucesso no mundo todo, nasceu em 2003 a partir da companhia De La Guarda. O show é um espetáculo que mistura música, luzes, acrobacias e efeitos especiais, além de interagir com o público.

Confira a entrevista com Diqui James, criador e diretor artístico e com parte do elenco.

Você conhece o filme Truque de Mestre? Ele seria uma homenagem ao Fuerza Bruta?

DJ – Não conheço. Não, porque nós em Fuerza Bruta não valorizamos a destreza, mas o emocional. Fuerza Bruta é como um ato de liberação, uma festa. Acredito que de todas as pessoas que veem o show, muitas queiram estar aí, estar na piscina, querem correr, romper as paredes. Não nos apresentamos como os mágicos, que fazem algo que mais nenhum outro pode fazer. Fazemos com que você se sinta capaz de fazer o que nós fazemos, que compartilhe e se sinta libertado através disso.

O espetáculo é uma forma de quebrar barreiras sociais?

DJ – Sim. Desde começamos há muito tempo, sempre quisemos fazer um espetáculo para todo mundo, para todos os tipos de pessoas. Não gostávamos dessa coisa do teatro de ser para uma elite ou para pessoas que entendem, que leem Shakespeare. Queríamos fazer um teatro de rua, um teatro para a pessoa que sabe escrever, que lê, que não sabe escrever, que nunca foi ao teatro, ao cinema. Acredito que nesta linguagem que buscamos não haja nenhuma diferenciação social, de nível de conhecimento para desfrutar do show. Ao final, criamos uma linguagem muito universal, em que podemos ir ao Japão e nos entendem perfeitamente, ou a Taiwan, ou à Austrália, a Londres, aos EUA… Para mim é muito importante fazer um show que tem a ver com algo festivo como o Carnaval, onde pode ir uma criança, um adulto, um velho, um jovem, todos juntos festejando.

A gente pode dizer que o espetáculo é para todo tipo de público?

DJ – Sim, totalmente.

Como é o seu processo criativo?

DJ – Quando tenho uma ideia, uma sensação, o que tento é não pensar. Não somos intelectuais, não nos interessa nem um pouco intelectualizar uma ideia nem uma metáfora. Tento trabalhar distintivamente. Pode ser um trabalho muito forte e muito técnico levar a cabo essas coisas. Há um desenvolvimento técnico muito forte e, uma vez que estamos nos dois mundos – o técnico e o artístico –, começamos juntos a brincar com o público como parte do show. Para mim, uma vez que uma cena está preparada para ser mostrada ao público, a partir daí começamos a fazer novas trocas, começamos a entender o que fazemos. A parte intelectual vem depois quando fazemos uma reportagem e nos fazem perguntas.

Qual a diferença desse novo espetáculo para os de NY e da Argentina?

DJ –  Esse show é muito festivo e com muita música ao vivo, nós quisemos destacar o ponto forte do Rio, o verão, um lugar festivo.

Esse espetáculo tem influência do Carnaval?

DJ – Sim, total. Nós viemos para o Carnaval ano passado, estivemos no sambódromo, na comissão de frente da Grande Rio e, de verdade, foi uma experiência incrível. Estamos influenciados pelo Carnaval desde o princípio, desde que eu era muito pequeno. Creio que esta versão do show seja muito do Rio, creio que os cariocas vão sentir que poderia ter sido criada no Rio, porque acredito que tem muito do que há no Rio: as festas, o urbano, a natureza, a água, o vento, a música ao vivo.

Elenco

Quais as dificuldades de atuar num espetáculo deste tipo e tamanho?

Como é um show aéreo, é muito difícil. Trabalhamos muito para estarmos bem fisicamente, para poder fazer o show. Mais que isso, superam-se as dificuldades corporalmente ao estar nas alturas. Precisamos de muita energia para fazer o show, porque senão não contagia o público. A verdadeira dificuldade está em medir toda a coisa: o artístico, o técnico e se conectar com o público para que ele se sinta identificado conosco.

Que tipo de treinamento físico vocês fazem?

Temos meia hora antes do show para poder condicionar o corpo para ele. Quando termina o show, temos mais meia hora para poder alongar e descansar o corpo para voltar no dia seguinte e fazer tudo de novo.

Como é a rotina de vocês?

Depende de cada um, porque os integrantes estão divididos em diferentes disciplinas, então alguns são atores, outros acrobatas, outros são bailarinos… Vamos todos a diferentes trabalhos, treinar fisicamente o que é mais necessário.

Confira abaixo a galeria de fotos:

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
4.310 Seguidores
Seguir
- Publicidade -