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O retrato da violência em O Nome da Morte, com Marco Pigossi e Fabiula Nascimento

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Livremente inspirado no livro homônimo do jornalista Klester Cavalcanti, O Nome da Morte conta a história real do pistoleiro Júlio Santana, um matador de aluguel que confessou ter assassinado 492 pessoas.

Com uma estética árida, o diretor Henrique Goldman leva as telas um filme instigante e revelador sobre um homem e sua história assustadoramente extraordinária. Com traços de Animais Noturnos (com Amy Adams e Jake Gyllenhaal) em sua estética, o filme de se desenvolve em pontuais três atos.

Da criação no interior à ida para cidade grande, a compensação do dinheiro Vs. a índole de bom moço e a descoberta de uma perturbadora vocação . Ainda ocorre a posição da Religião Vs. Dinheiro, no contraponto e na motivação do personagem principal.

A ambiguidade do personagem instiga o espectador a tentar entender o que o motiva, ao mesmo tempo que a sua trajetória seja reveladora. Atormentado por sua consciência a cada disparo, Julio Santana se tornou um matador frio e calculista que passou  apenas uma única noite preso.  Dedicado e carinhoso com a  família, Santana durante anos escondeu a vida de pistoleiro da mulher e do filho.

Destaque para a versatilidade de Marcos Pigossi e Fabiula Nascimento em suas atuações!

Com roteiro assinado por George Moura (Redemoinho, Getúlio e Linha de Passe), O Nome da Morte é o retrato de um pais abandonado, onde a ignorância cultural é extremamente nítida. Deslumbrado pelo acesso fácil ao mundo capitalista, Júlio Santana traçou uma carreira ao longo de mais de vinte anos de pistolagem.

A história de um homem contraditório, é um o retrato do Brasil de hoje, violento e consumista. O Nome da Morte é brutal, cruel e perturbador!

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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