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“SE EU FOSSE IRACEMA” SEGUIDO DE DEBATE NO CCJF

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Na próxima quinta-feira (14 de dezembro), após a apresentação do espetáculo “Se eu fosse Iracema”, haverá um bate-papo aberto ao público sobre a questão indígena brasileira a partir dos temas apresentados na montagem. O encontro contará com a presença de Adassa Martins – atriz do monólogo, indicada ao Shell, APCA e APTR;  Elói Terena – advogado, assessor jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil; Fernando Nicolau – artista da cena e visual, idealizador e diretor da peça; o José Ribamar Bessa – professor da Pós-Graduação em Memória Social da UNIRIO e coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas da UERJ;  Sandra Benites – pesquisadora da UFMG/FAE e mestranda no Museu Nacional UFRJ em Antropologia Social.

“SE EU FOSSE IRACEMA”
Temporada: até 21 de dezembro – quartas e quintas, às 19h.
Local: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco 241, Centro. Tel.: 3261-2565
Ingresso: R$ 20 (inteiro) | R$ 10,00 (meia). Bilheteria: das 16h às 19h
Classificação etária: 14 anos. Duração: 60 minutos

O espetáculo surgiu a partir de uma carta escrita em 2012 pelos guarani e kaiowá em que eles pediam que se decretasse sua morte em vez de tirá-los de suas terras. O fato chamou a atenção de Fernando Nicolau e Fernando Marques, diretor e dramaturgo, respectivamente, e ambos começaram uma intensa pesquisa acerca da questão indígena no Brasil. A eles juntou-se a atriz Adassa Martins e os três desenvolveram o primeiro espetáculo do 1COMUM Coletivo, que estreou em abril de 2016. Desde a estreia, o espetáculo tem tido excelente repercussão junto ao público e à crítica. Foi escolhido como melhor figurino pelos Prêmios Shell, APTR e Cesgranrio no ano de 2017, além de indicações para Adassa Martins na categoria atriz no Prêmio Shell, APCA e APTR, e para Fernando Marques na categoria autor no Prêmio APTR.

A peça lança mão de materiais como trechos da Constituição de 1988, falas inspiradas em discursos de ruralistas ou do poder público, mas estrutura-se fundamentalmente em ritos e mitos de passagem ligados às várias fases da vida. “Escolhemos trabalhar o ciclo da vida: a origem do mundo, a infância, a adolescência, a fase adulta na figura da mulher e o ancião, na figura do pajé chegando ao fim do mundo”, explica o diretor. Esse ciclo, no entanto, não é colocado de forma linear e traz referências a etnias diversas. Fernando Marques ressalta que essa variedade “foi fundamental, porque não queríamos falar sobre uma ou outra etnia, mas buscamos um olhar abrangente sobre os povos originários, que são muitos e diversos”.

Entre as referências, estão ainda os trabalhos de autores, artistas, pesquisadores, ativistas e, claro, indígenas, como André D’Elia, Ailton Krenak, Betty Mindlin, Bruce Albert, Daniel Munduruku, Darcy Ribeiro, Davi Kopenawa, Eduardo Viveiros de Castro, José Ribamar Bessa, Manuela Carneiro da Cunha e Raoni Caiapó. Encontros e conversas com estudiosos e lideranças indígenas também fizeram parte do processo. O espetáculo não tem a intenção de levantar bandeiras, mas de provocar a reflexão sobre um assunto de extrema importância.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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