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TARTARUGAS NINJAS POR FILIPPO PITANGA

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“Tartarugas ninjas” foi um enorme mito da tv nos anos 80, já tendo sido adaptado antes para a telona em diferentes épocas, inclusive numa versão animada de 2007, não muito bem sucedida, que tentava reapresentar estes improváveis guerreiros fantásticos para a nova geração. A nova tentativa “Teenage Mutant Ninja Turtles” no original, de 2014, fica indecisa entre respeitar a ansiedade dos ora mais velhos fãs oitentistas do original e ainda alcançar os novos baixinhos que os pais levarão, misturando live action (atores de carne e osso) com CGI (criaturas de computação gráfica), e acaba pendendo mais para o infantil.

Já foram empregados vários estilos para as Tartarugas, desde o desenho animado ao noir das HQs, e até os dois divertidos filmes da década de 90. Mas o diretor da nova versão, Jonathan Liebesman, talvez cerceado pela produção de Michael Bay (cineasta megalômano da franquia “Transformers”) acabou repetindo a dose de produto/brinquedo do amigo produtor: merchandising vende tudo! Até se esforça no emprego de 1 lado mais humano, desde o design das Tartarugas (com mais músculos, nariz e até apetrechos personalíssimos) ao fato de tentar ocultar os heróis o máximo possível, privilegiando a outra protagonista, a bela e oca Megan Fox (egressa de “Transformers”), interpretando como se fosse uma boneca de plástico.

Assim, o estranhamento que poderia causar ver 4 tartarugas adolescentes mutantes lutarem como ninjas contra o crime organizado, ensinadas pelo mestre Splinter que é um rato gigante, consegue ser adiado, mas adia também a oportunidade de propor mais cenas frenéticas e bem boladas como as que só ocorrem na terça parte final do filme (destaque para o melhor 3D na sequência da onda de avalanche na neve: Cowabungaaaaaa!). – Neste quesito destaca-se a bela fotografia pelo brasileiro Lula Carvalho (parceiro habitué dos cineastas José Padilha e, do pai, Walter Carvalho).


Por exageros em explosões e até no clássico vilão Destruidor, que ao invés de expert em artes marciais parece mais um robô transformer, percebe-se o dedo Michael Bay em criar uma nova franquia como um produto. Pena, pois tinham mais potencial. De resto, vai agradar as crianças, respeitando a classificação livre, e dando bom carisma principalmente para as tartarugas favoritas: o engraçadinho Michelangelo e o descolado Rafael. Tanto que a bilheteria mundial está contrariando a crítica e virando relativo sucesso (a sequência ja está garantida). Vale pelos pequenos, não pelos adultos que não tiverem filhos para levar.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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