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O DESTINO DE JÚPITER

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Depois do grande sucesso de Matrix e suas duas sequências questionáveis, os irmãos Wachovsky vem colecionando fracassos. Seguiram em suas carreiras o subestimado “Speed Racer” que possui um visual deslumbrante, e o sumo da pretensão na bomba catastrófica “A Viagem”.
 
Chegamos agora ao último lançamento dos irmãos: “Destino de Júpiter”, largando um pouco as tramas rocambolescas da dupla, mas não deixando de abordar superficialmente temáticas espiritas que já existiam em “A Viagem”, mas naquele caso em exagero e sem sentido, além de se assemelhar bastante com ficções cientificas dos anos 80 como ” A Duna” , “Blade Runner “e “O Vingador do futuro”.
 
“Destino de Júpiter” tinha elementos para ser um simples entretenimento de ação/ficção com homenagem referências aos anos 80, mas os irmãos Wachovsky parecem nitidamente não saber o que fazer e transformam o filme em um desastre . A referência as obras dos anos 80 mais que pesam no visual do filme tanto no design de produção quanto na caracterização e figurinos, mas se ora a direção de arte é no mínimo interessante, a caracterização e maquiagem são péssimas , pesadas e falsas, principalmente as dos vilões, que frequentemente dependendo da cena aparecem até com erros de continuidade de maquiagem, mas o problema principal é o roteiro. A trama em si já não empolga e nem mesmo se define como uma aventura ou um romance mal estruturado na tentativa de atrair o público jovem e feminino amante de obras como “Crepúsculo” e “Divergente”. Não bastando tais problemas, além de uma construção previsível que mais se assemelham a fases de um vídeo game e a partir de metade da projeção soam repetitivas, o roteiro carece de melhores resoluções e viradas mais desenvolvidas, tudo acontece muito rápido e sem sentido.
 
É absurdo o número de buracos e situações inconclusivas. Personagens somem, cenas gratuitas, explicações desnecessárias. Esses são apenas alguns dos graves erros da narrativa que nem mesmo a boa montagem consegue achar um ritmo.
 
Falando em montagem, o que por vezes parece é que muita coisa foi cortada na ilha de edição. Provavelmente até na montagem os diretores estavam perdidos sem saber o que fazer, talvez isso explique o enorme adiamento de estreia. O estúdio deve ter ficado insatisfeito com o resultado e pediu para remontarem.
 
As poucas coisas que salvam são os bons efeitos visuais que proporcionam interessantes e acrobáticas sequências de ação, a boa trilha musical que tenta emular a de Star Wars, e a presença de Channing Tatum, ator que anda se aprimorando e crescendo em Hollywood, mas seu personagem não tem muito desenvolvimento no roteiro para que possa trabalhar, mas tenta fazer uma figura a lá Harrison Ford que funciona. Já Mila Kunis até tenta, mas não é verossímil, já que a atriz não se encaixa no papel de mocinha indefesa e soa forçada. Se Mila não chega a comprometer em sua atuação, não se pode dizer o mesmo do trio de vilões que parecem ter saído de uma peça infantil da pior qualidade, principalmente o interpretado pelo recém indicado ao Oscar, Eddie Remayne, que se joga no overacting fazendo caretas e forçando a voz.
 
“O Destino de Júpiter” já entra facilmente para listas de piores do ano e com fortes cotações para o prêmio de framboesa do ano. Não foi dessa vez que os irmãos Wachovsky mostraram sua redenção.

 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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