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Ben-Hur

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benRemake do original, “Ben-Hur”, obra prima do cinema feita originalmente em 1959, chega novamente aos cinemas em uma adaptação excepcional.

O filme conta a história dos irmãos Judah Ben-Hur (Jack Huston) e Messala (Toby Kebbell), o último foi adotado quando criança e o primeiro é o príncipe de Jerusalém. Certo dia, cansado de não saber onde se encaixa na família, Messala parte em uma jornada de autodescoberta, abandonando tudo e todos para trás.

Os irmãos se reencontram alguns anos depois, Ben-Hur continua vivendo as mocidades de um príncipe abastado, agora, casado com sua amada, enquanto, Messala se tornou o general do exército de Roma. Porém, nenhum tipo de relacionamento pôde ser restabelecido, pois um ato de bravura faz Ben-Hur ser falsamente acusado de traição à coroa e Messala não faz nada para ajudar, inclusive aceitando a dura punição dada a sua família adotiva. O protagonista é sentenciado a passar a vida como escravo, mas um acidente com seu navio o permite fugir. Agora, ele deve escolher entre a vingança e a redenção de seu conturbado passado.

A versão de 1959 é conhecida por seu brilhantismo e longa duração de 3h e 44min. A versão de 2016, dura apenas 2h 30min, mas não decepciona nas cenas épicas e diálogos intensos. Além disso, a atuação de todos é um ponto alto da trama. O protagonista e antagonista brilham, mas quem também se destaca é Morgan Freeman interpretando Ilderim, o sheik Núbio que treina Bem-Hur na corrida de bigas (e narrador da história em certos pontos) e Rodrigo Santoro como Jesus Cristo, em uma atuação simples, porém emocionante.

Toda a parte bíblica da história (especificamente a que segue Jesus), passa como plano de fundo para a história principal, funcionando para situar o público e comedir os atos dos personagens. Os ensinamentos de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro) servem para guiar os atos dos heróis e inspirá-los em seu caminho, mas fica claro que apesar de esta não ser a história do filho de Deus, ele representa um papel principal em todas as histórias dos personagens contemporâneos à ele.

O filme segue um ritmo adequado, em uma linha de pensamento segue a lógica. Da versão original, algumas cenas foram cortadas e alguns personagens, antes secundários tornaram-se mais importantes, mas isto não afeta a compreensão da trajetória do personagem principal, ou de seus, companheiros em cena.

O único ponto que deixa a desejar é a técnica de filmagem. Há muita confusão sobre a escolha de que estilo seguir, pois algumas cenas foram feitas por meio de uma Go-Pro, com o intuito de passar o realismo intenso que algumas cenas pedem, outras em CGI, fazendo parecer mais um trailer de videogame do que produção Hollywoodiana e, por fim, o 3-D , uma presença constante para diferenciar os planos. O que de fato ocorre, é que o uso de todas estas ferramentas e técnicas deixam a imagem confusa e turva, distraindo mais do que impressionando o público.

No geral, o longa pode ser considerado uma das poucas adaptações que deram muito certo. O público é convidado a prestar bastante atenção a cada cena, há sempre algum simbolismo que pode passar despercebido ou uma pessoa que foi importante no passado, fazendo uma aparição surpreendente mais tarde. Perfeitamente construído e executado, “Ben-Hur” faz tudo que promete: é uma adaptação nivelar ao original, apresenta uma jornada intensa de grandeza pessoal, com aspectos bíblicos, e de quebra, ainda consegue levar o público as lágrimas nesta jornada à redenção.

Foto: Divulgação

Luana Feliciano
Luana Feliciano
Estudante de Jornalismo, ama escrever e meus filmes favoritos sempre me fazem chorar. Minhas séries preferidas são todas de comédia, e meus livros são meus filhos.

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