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Grande vencedor do Globo de Ouro, La la land, é o favorito do Oscar deste ano

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lala-land Deixa eu te fazer uma pergunta. Qual o preço do seu sonho? O que você faria para ir em busca do sucesso, de ser famoso, de ser notado na rua, de ser lembrado? Você passaria por cima de seus conceitos, do que acha correto? Ao final dessa resenha, veja o filme, olhe para si e tente responder essa pergunta.

Bem vindos a La La Land a cidade das estrelas, a meca do estrelato, onde suas aspirações, seus desejos são colocados a prova em uma cidade que pulsa arte, mas que pode ser impiedosa com toda sua força e glamour.

O novo filme do diretor Damien Chazelle, nos brinda com uma Los Angeles viva, hiper colorida, e deixando explicita a sua “ode’’ a era de ouro de Hollywood dos anos 50, e o mais incrível, ele opta por trazer tudo isso, pelas mãos de um musical, gênero meio que esquecido e controverso, principalmente nos dia de hoje.

La La Land já começa grandioso, rodado em cinemascope e com um requinte técnico soberbo, nos dá as boas vindas em uma abertura de mais de 10 min de um plano seqüência/ conjunto, onde no meio de um engarrafamento colossal, inúmeras pessoas saem de seus carros e começam a dançar e cantar, em uma coreografia absurda, alem de um sincronismo fabuloso.

Após já estarmos anestesiados e completamente apaixonados pelo filme, entram em cena os protagonistas desta jornada, que de primeiro momento não se bicam, mas que na verdade, são grandes sonhadores. Mia (Emma Stone) é uma garçonete de uma lojinha de café dentro dos estúdios da Warner, que sonha em ser atriz. A jovem faz inúmeros testes de elenco, todos bem decepcionantes. Do outro lado desta linda história, esta Sebastian (Ryan Gosling ), um amante inveterado do Jazz, com aspirações de um dia conseguir abrir seu bar, após idas e vindas, esbarrões e tropeços o caminho do casal se entrelaça após mais uma bela cena.

A concepção fílmica de La la land é simples, mas o roteiro é complexo ( assim como no seu filme anterior o genial Whiplash ) Chazelle conquista o publico na sutileza de suas ações e nas mais belas homenagens, com referências a West Side Story, Juventude Transviada, Cantando na Chuva, Casablanca são vistas e emocionam, a fotografia (provavelmente a mais bela que já vi na historia do cinema ) nos remete aos grandes filmes da era de ouro dos anos 50, com figurinos coloridíssimos, mas deixando sempre um iphone ou alguma referência para nos trazer de volta aos dias atuais.

Nota-se aqui um diretor maduro, extremamente técnico, usando assim como em Whiplash, movimentos de câmeras sensacionais, deixando obviamente a edição estonteante e dinâmica. É claro que todo poderio técnico que esse filme carrega, não teria peso se não estivéssemos diante de um dos mais lindos e sinceros casais dos últimos tempos. Gosling com desempenho físico admirável, ele canta, dança e toca piano de forma assombrosa. A química com a coprotagonista, adquirida nos últimos trabalhos é fantástica. Mas quem esta incrível mesmo é Emma Stone, ela tem menos diálogos que Gosling, mas rouba a cena com seu humor ingênuo, e ao mesmo tempo sarcástico, em Birdman ela ganhou reconhecimento, aqui ela chega ao estrelato.

Com uma trilha fantástica, todos os números musicais, são lindos, simples (na sua execução ) e que bom que são simples, mostra ainda mais a genialidade de Chazelle em saber que não estamos diante de nenhum Fred Astaire, Gene Kelly ou Ginger Rogers, mas que são capazes de emocionar a cada um de nos.

Estamos diante de uma obra prima do cinema moderno, um deleite visual e auditivo, uma celebração ao amor e a vida, um filme que vai te acompanhar por muito tempo, e que bom que vou poder daqui a uns 30 anos falar que assisti La La Land no cinema com a mesma emoção que escrevo essa resenha.

É por filmes como esse que amamos cinema, é por amarmos cinema, conseguimos ser transportados para um lugar onde somos agraciados, confortados, e por algumas horas, esquecermos da vida real, do cotidiano que em sua grande maioria é chato. Sonhe, não fique com medo de buscar sua felicidade, não importa a idade. Porque todo sonho tem um preço, qual é o seu?

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