Emicida lança vinil de “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa…” no Circo Voador

Só quem é “do ramo” sabe o significado do vinil para a cultura Hip Hop. Imagine a nossa alegria de finalmente lançarmos esse bolachão no Rio. Sexta, dia 10 de fevereiro, EMICIDA sobe ao palco do Circo para lançar oficialmente a edição em vinil de um dos mais celebrados petardos de 2016, “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa…”, numa noite que ele ainda apresenta aos cariocas o trabalho de seu irmão FIÓTI, “Gente Bonita”. 2016 pode ter sido uma decepção pra muita gente, mas Leandro Roque de Oliveira, o EMICIDA não pode reclamar. Após uma estreia retumbante, ele voltou esse ano com um daqueles discos que é impossível passar batido pela sua existência. Dando um passo (largo) além do hip hop tradicional, EMICIDA assumiu nesse trabalho a vontade de somar o som dos guetos com a MPB mais tradicional, trazendo convidados como Vanessa da Mata – no hit “Passarinhos” – e Caetano Veloso – em “Baiana”. O resultado acabou apontando caminhos surpreendentes para ambos os lados.

Uma viagem à África para investigar a ancestralidade afro-brasileira foi fundamental para moldar o caráter festivo pero engajado desse disco. Músicas como “Sodade” e principalmente “Mufete” (em que homenageia a periferia de Luanda nos versos “Rangel, Viana, Golfo, Cazenga, pois / Marçal, Sambizanga, Calemba dois”) são exemplos claros e acertados de como cantor soube usar sua influências para soar ao mesmo tempo único e universal.

A bordo da turnê desse disco, EMICIDA percorreu palcos do Brasil – como no Circo, onde lançou o disco e do Lollapalooza, em SP – e do mundo, levando suas rimas para palcos europeus como o do Walthamstow Garden Party, na Inglaterra, ao lado de Ana Tijoux e Asian Dub Foundation, do Dour Festival na Bélgica, onde se apresentaram também Wiz Khalifa, Pixies, The Prodigy e Sigur Rós, e do Festival Cruilla Barcelona com nomes como Damien Rice e Alabama Shakes no line up. Ainda teve tempo de gravar uma música com Tokyo Ska Paradise Orchestra que o levou a visitar pela primeira vez o Japão, onde hoje é a maior referência do hip hop brazuca.

Para abrir o show, EMICIDA traz uma das pessoas responsáveis pelo sucesso do rapper. Ninguém menos que seu irmão, empresário e sócio na Laboratório Fantasma, FIÓTI, que abraçou a MPB solar em seu primeiro CD, intitulado “Gente Bonita”. FIÓTI chegou a estudar música, mas acabou desistindo para empresariar o irmão. O resultado todos nós já conhecemos. Entediado com a vida do escritório, voltou aos palcos por pilha do próprio EMICIDA, com quem compôs o primeiro single, “Obrigado Darcy”, que conta com a luxuosíssima participação de Caetano Veloso.

E quem comanda as carrapetas nessa noite é o DJ dinamarquês Ras Schack, uma das maiores sumidades de música brasileira no exterior e mesmo aqui no Braza. Ras já tocou em grandes festivais como o Roskilde, Spot e Distortion e dividiu os holofotes com nomes como Jazzanova, Roni Size, Quantic, Girl Talk e Mad Professor. A bordo do projeto Epic Vinyls from Brasil – em que toca apenas vinis de música daqui – ele leva raridades do groove brazuca pros mais recônditos cantos do planeta. Ras promete um set carregado nos graves e no balanço verde e amarelo nessa única e exclusiva aparição nos Rio. Checkitout : www.soundcloud.com/Shack

Serviço:
EMICIDA
Data: Sexta, dia 10 de fevereiro
Abertura da casa: 22h
Ingressos: www.ingressorapido.com.br
Capacidade: 2.000 pessoas
Classificação: 18 anos (de 14 a 17 somente acompanhado dos pais)
Bilheterias: terça à quinta: das 12h às 19h; sexta: das 12h às 24h (exceto feriados) e sábado a partir das 14h.