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Tradicionalismo islâmico em meio a crise adolescente em A Garota Ocidental

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A cultura do casamento arranjado não é uma pratica exclusiva do oriente, na idade média essa pratica era bastante comum e garantia as famílias lugares de destaque na sociedade e suporte financeiro na figura dos dotes. No oriente essa pratica persiste até os dias atuais, principalmente em culturas islâmicas aonde a honra de uma família é pautada encima dessa tradição e sua execução é feita nos mínimos detalhes.

É baseado nessa concepção que a trama é montada, aonde tem-se a adolescente Zahira (Lina El Arabi) pressionada por sua família a escolher um dentre três pretendentes para casar. Nesse meio tempo ela acaba ficando dividida entre essa obrigação com a família e sua vontade viver como uma adolescente livre.

O filme tem o mérito de introduzir um tema tão complicado como o casamento forçado, para um publico ocidental, de maneira que ele não enfoque em um drama muito denso sobre o assunto. O diretor Stephen Streker demonstra essa ‘ diluição’ do drama através do equilíbrio entre cenas pesadas e a naturalidade da protagonista como sendo uma adolescente que só quer se divertir.

Outro mérito é trazer um clima nonsense para os momentos que envolvem a cerimônia de casamento arranjado sem alterar a realidade, sabe-se que esses momentos são assim mesmo ( no que tange o desconforto dos noivos por não se conhecerem) mas o filme cria perfeitamente uma atmosfera de que aquilo é algo quase ficcional.

Por fim, A Garota ocidental é um filme que mostra segurança quando fala sobre assuntos tão tradicionais para a cultura islâmica sem deixar de priorizar o lado da adolescente que quer viver sua vida. O ritmo dado pelo diretor consegue suavizar o impacto que, em outras produções, teria causado certa polemica e a seu próprio modo consegue ser uma critica a essas tradições.

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