Live Action das Tartarugas Ninjas relembra vibe da animação dos anos 80/90

Por: Leandro Fonseca

Depois de um longo tempo, As Tartarugas Ninjas voltaram as telonas. Baseado nos quadrinhos dos anos 1980, a série animada das Tartarugas Ninjas foi criada em 1987 .

Com uma ambientação menos dark e direcionada para o público infantil, o desenho foi um grande sucesso e rendeu três filmes (1990,1991 e 1993).

E que esperar desse reboot mais de 20 anos (tudo bem, existiu um longa de animação em 2009, mas vamos nos ater aos live actions) depois do último filme? Conforme o lançamento dos trailers o público se dividiu entre expectativas positivas e negativas. A descrença veio pelo fato da obra ser produzida por Michael Bay, sim, aquele que é acusado de ter arruinado os filmes dos Transformers.

Vamos direto aos fatos, a trama maior é um tanto quanto simplista, parece que foi feita para mostrar a série para quem ainda não tinha idade para ver os filmes dos anos 90. O longa de 2014 mostra uma Nova Iorque sombria, tomada pelo crime e pela impunidade depois da chegada de uma gangue intitulada Clã do Pé, cujo o líder, é o Destruidor.

Ao se estabelecer um elo entre o passado de April (Megan Fox), com o das Tartarugas, o roteiro abusa das coincidências afim de apressar uma conexão entre os personagens, porém esta não convence, fica didático demais e desnecessário por muitas vezes.

Mas calma, nem tudo é desastroso, vamos a parte legal. Sim, elas, as tartarugas estão demais, embora o CG por vezes incomode um pouquinho, a química entre eles está muito divertida e bem próxima da vibe da série animada dos anos 80/90. O que deixa bem claro que investir na condução do filme sob a perspectiva da repórter April O’Neil (com atuação sofrível de Megan Fox) foi um erro.

Leonardo, Michelangelo, Donatello e Raphael conseguem imprimir suas personalidades características sem forçar a barra, já o mestre Splinter me pareceu um tanto deslocado e a sua famosa rivalidade com Detruidor também foi mal explorada.

As cenas de ação estão excelentes, sem o exagero temido pelos fãs, o lado cômico também é ponto alto com piadas no tempero exato.

É um pipocão daqueles para divertir com as cenas de ação, dar boas risadas e matar a saudade das Tartarugas na telona.