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Uma Espécie de Família: Dilema entre o amor materno e princípios morais

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Por Isis Mendonça

O renomado diretor, Diego Lerman volta as telonas com sua nova história forte e emocionante. Em Uma espécie de família vemos Malena (Bárbara Lennie), uma médica de classe média, que decide após vários fatores anteriores, adotar uma criança na província de Missiones. Porém, o que acontece durante o processo não é o que se espera.
A personagem principal se vê encurralada em esquemas burocráticos para poder se tornar a mãe adotiva do bebê de Marcela (Yanina Ávila), mulher que simboliza a exploração de todas as mulheres com situação econômica baixa. O filme aborda o tráfico de seres humanos, e a que ponto se pode chegar quando o desejo de uma mulher, solitária e com psicológico abalado, é maior do que tudo.

Durante o filme podemos ver o uso forte de close-ups na personagem principal, assim como a câmera guiada atrás da cabeça, take subjetivo, em momentos de movimentação com suspenses maiores. Pode-se então, focar a atenção em toda relação psicológica do filme. De forma poética faz-se também uso de alguns símbolos que representam não só a psique de Malena, mas toda a tensão das cenas apresentadas.

Quanto a atuação, vê-se pontos bons e ruins. Bárbara Lennie e Yanina Ávila apresentam boas construções de personagem em suas atuações. Já o Dr. Costas de Daniel Aroaz, deixa a desejar em vários momentos da trama.

O enredo prende a atenção do telespectador de uma forma geral, e do início até o final do filme faz com que surjam perguntas acerca do que está acontecendo na cena, como quem são essas pessoas e qual o objetivo de alguns movimentos e decisões apresentadas. É um filme instigante e com grande sensibilidade, principalmente pelo fato da figura materna aparecer de forma tão forte.

O desfecho da trama pode causar diversas reações. Talvez há de se pensar que poderia ter sido melhor colocado, ou que algo alternativo teria sido melhor. Mas, é inegável que acabemos envolvidos com a beleza e simplicidade do filme em abordar um tema forte e que gera inúmeras reflexões.

De fato, vale a pena se entregar a história!

*filme visto durante  a 41° Mostra internacional de SP

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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