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DE ENCONTRO COM A VIDA: UMA COMEDIA ROMÂNTICA ALEMÃ

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Embora o cinema europeu tenda a se diferenciar um pouco – ou bastante – dos moldes já conhecidos das produções estadunidenses, às vezes surge um exemplar que se apropria de algum formato norte-americano – o que não é um demérito. Este é o caso da comédia alemã De Encontro com a Vida, o qual reúne dois estilos de filme que costumam agradar o público: trata-se de um “feel good movie” baseado em uma história real.

A trama gira em torno de Saliya Kahawatte (Kostja Ullmann), um jovem prestes a terminar a escola e que sonha em trabalhar em um hotel de luxo. No entanto, seus planos são atrapalhados quando o rapaz é diagnosticado com uma doença hereditária que compromete 95% de sua visão. Após receber várias recusas de vagas de emprego, Saliya se candidata para o treinamento de um grande hotel de Munique sem informar sua limitação. Logo, o jovem conta com a ajuda de outro candidato, o malandro Max (Jacob Matschenz).

Com isso, surge um dos melhores pontos do longa: a amizade entre os dois. Ambos se ajudam – Saliya o ajuda a realizar as tarefas sem que a malandragem o atrapalhe, e Max o ajuda a esconder sua cegueira. E, enquanto tenta se concentrar em passar por todas as etapas do processo, Saliya acaba se interessando por Laura (Anna Maria Mühe), responsável por entregar suprimentos ao restaurante do hotel. E, como tem feito até então, o rapaz decide esconder da garota sua deficiência.

A estrutura do enredo basicamente consiste em “tensão x alívio”, que é desenvolvida de forma eficiente pelo diretor Marc Rothemund, que, apesar de caricaturar um pouco o hiperdesenvolvimento dos outros sentidos de Saliya, utiliza recursos criativos e divertidos para ilustrar esta situação. Um ponto negativo do longa é não saber dosar suas tramas adequadamente. Por exemplo, quando Laura surge trazendo a vertente romântica da história, praticamente todas as outras personagens desaparecem de cena, até mesmo Max, o fiel escudeiro de Saliya, dando a sensação de dois filmes em um.

Mesmo assim, a experiência de assistir a De Encontro com a Vida não é ruim, nem de longe – afinal, trata-se de um “feel good movie” -; aliás a união entre o carisma das personagens, da boa trilha sonora e da clara suavização da história real transforma o filme em uma ótima opção de divertimento na qual é possível torcer pelas personagens – se o espectador relevar o simplismo do roteiro, que segue as fórmulas com as quais o público já está acostumado.

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