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Estrelas de Cinema Nunca Morrem relembra Gloria Grahame, musa dos anos 50

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Baseado no livro de Peter Turner, “Film Stars Don’t Die in Liverpool”, Estrelas de Cinema Nunca Morrem chega aos cinemas contando a história de vida da musa do cinema nos anos 50, Gloria Grahame, ganhadora do Oscar como atriz coadjuvante em Assim estava Escrito (1952).

O filme que teve 17 indicações em premiações e festivais internacionais, conta a história de amor da atriz através do olhar de Peter Turner (Jamie Bell), um amigo que se tornou namorado de Gloria durante dois anos. Com certa diferença de idade, a delicada relação se baseia nos anseios dela como mulher, através de um enredo contado em flashbacks.

O filme começa em 1981, quando Turner recebe uma ligação inesperada de Gloria dizendo que está em Liverpool e que gostaria de ficar na casa dele, em vez de um hotel. Em nenhum momento, ela cita a doença que a corrói, que Peter só vem a descobrir mais tarde. Enquanto cuida dela, ele relembra os momentos mágicos que os uniram por anos e também os motivos que levaram à separação. No meio disso Gloria tem uma crise muito forte, mas se nega a ser atendida pelos médicos e acaba colocando sua vida nas mãos de Peter. A atriz, que morreu aos 57 anos em decorrência de um câncer no estomago, voltou aos Estados Unidos com o filho que foi busca-la, na Inglaterra.

Estrelas de Cinema Nunca Morrem está longe de ser a biografia da atriz dos anos 50, é um relato de amor de um homem que compartilhou com ela o famoso sonho americano, porém apenas Gloria fez sucesso como atriz, aliás ela já fazia quando se conheceram. Em nenhum momento, o filme mostra que Peter tinha interesse em usar Gloria como escada em sua carreira, pelo contrário, era um homem completamente apaixonado pela belíssima mulher que Gloria se tornou.

Cabe à Annette Benning interpretar Gloria Grahame. Benning assume a persona da atriz em um trabalho digno de grandes aulas de atuação. Desde o andar elegante, o tom de voz, ao olhar cabisbaixo diante da doença, a atriz apropria-se do papel do ator e do objeto interpretado e leva à cena uma magnifica personagem.

A direção de Paul McGuigan (Xeque-Mate, Paixão Além da Pele) junto com roteiro de Matt Greenhalgh (O Garoto de Liverpool) une o sonho americano para abrilhantar essa narrativa. Não à toa, o filme usa a música “California Dreamin’” da banda the Mamas and the Papas, depois imortalizada pela banda The Beach Boys para lapidar essa história de amor. É uma história encantadora e triste ao mesmo tempo, bonita de se ver!

A fotografia e a direção de arte são criteriosas em contar essa história com um olhar leve, delicado e comovente!

Gloria Grahame fez 43 filmes, sendo quatro para televisão e duas minisséries.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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