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“NMDN”, espetáculo solo, de Ricardo Blat, faz uso do minimalismo

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“NMDN” é um espetáculo solo, em que Ricardo Blat percorre uma série de emoções, dentro de uma carapaça de alguém que luta pela existência, contra o declínio, alguém que luta para ser melhor e, contra a morte. Em cartaz no Laura Alvim, a partir de 18 de maio, “No Meio do Nada”, promete uma experiência de mergulho dentro de si, rara no teatro comercial brasileiro. Talvez não se possa nem dizer que é da ordem do comercial.

As escolhas cênicas são realmente minimalistas, de forma a ressaltar a performance do ator. A escuridão, as angústias e os tormentos de um homem que parece só. Quem é esse homem? Ele tem, já teve uma família? Conheceu o amor? Que dor afinal o aflige?

Este breve monólogo não foi feito para arrancar suspiros ou aplausos de uma plateia aleatória. Essa montagem, concebida por Rogério Blat e vivida por Ricardo, é mais um excerto do inconsciente de um homem, um desabafo, que os irmãos dividem com o privilegiado público. É um momento em que o ator realmente se desnuda frente ao espectador e exige nada menos que sua atenção integral. Em momentos intensos, é possível respirar junto com o ator, é possível sentir sua dor, ampará-lo em nossa imaginação.

Trata-se , como diz o próprio Ricardo, de “um desafio teatral onde abrimos mão de uma encenação convencional para nos experimentar como artistas, com simplicidade e conteúdo”. Se puder, não perca.

Felipe Mury
Felipe Mury
Felipe Mury é ator formado pela Casa de Artes de Laranjeiras e bacharel em Direito pela UFRJ. Amante das Artes Cênicas, especializou seu olhar em relação ao Teatro, sendo uma ficcionado por Shakespeare e Brecht.

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