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Paraíso Perdido: Um retrato sobre o amor

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Sejam bem vindos a metáfora do paraíso perdido! O filme de Monique Gardenberg retrata a realidade de uma família em frangalhos, que está em busca do seu lugar ao mundo. O filme gira em torno de uma boate chamada Paraíso Perdido, um templo da música brega, alias, a trilha sonora conduzida Zeca Baleiro é um dos pontos altos do filme, é um deslumbre sonoro! Paraíso Perdido conduz a metamorfose do amor e amplia a poesia da música brega.

A trama apresenta um universo homofóbico através do olhar do policial  Odair (Lee Taylor). Após salvar a drag queen Imã (Jaloo) de um ataque homofóbico, ele é contratado pelo dono da boate e avô de Imã, como seu segurança.

Um quebra-cabeça familiar é jogado na tela com o intuito de instigar o espectador a montar esse drama e sua arvore familiar.  Ângelo vivido por Júlio Andrade, denota a condição de pai de Celeste (Julia Konrad) e herdeiro desse carrossel de emoções.  A saída de sua irmã Eva (Hermila Guedes) da prisão, traz novos enlaces amorosos à família.   O viúvo José (Erasmo Carlos) é patriarca dessa excêntrica família de cantores e faz de tudo para garantir a felicidade de sua família.

Com um primor de elenco, o filme traz Seu Jorge, Erasmo Carlos e  Jaloo (todos muito em reconhecidos pelo seus trabalhos musicais) e agora camaleões na arte de interpretar. A estreia no cinema do cantor paraense é uma das muitas apostas da cineasta que traz a cena uma pegada musical completamente atuante em Paraíso Perdido. Cabe a Jaloo, conduzir a obra. Sua presença ressalta tanto o lado musical do filme quanto as fragilidades humanas. O artista emana todo o seu poder, amarrando as pontas dessa trama cheia de holofotes.

O figurino e a direção de arte estão impecáveis! Além de trabalharem muito bem o contraste do dia/noite, ele é tão personagem como seu elenco. Influenciado pela década de 70, segue um ar psicodélico  nas locações dentro da boate. É um deslumbre poético iluminando histórias tão reais, como a de Imã e de sua mãe.

Foto: Fabio Braga/Dueto Produções

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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