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‘Tchekhov é um cogumelo’ em festival e temporada no CCBB

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Tchekhov é um Cogumelo’ mergulha de maneira original no universo de ‘As Três Irmãs’, do dramaturgo russo Anton Tchekhov, a partir de linguagem que une ficção, neurociência e memória. A peça foi indicada ao Prêmio APCA de Melhor Espetáculo de 2017, ao Prêmio Shell de Melhor Música e eleita um dos Três Melhores Espetáculos do Ano no júri dos críticos do Jornal Folha de SP.

Com direção de André Guerreiro Lopes, ‘Tchekhov é um Cogumelo’ combina múltiplas linguagens para retratar a vida de três mulheres presas em suas memórias de um tempo passado, acuadas por um mundo em transformação. Em cena, Djin Sganzerla, Helena Ignez e Michele Matalon, atrizes de gerações distintas, criam um jogo cênico que embaralha os diversos tempos: serão as três irmãs ou a mesma mulher em três momentos da vida? O cantor Roberto Moura e os dançarinos Samuel Kavalerski e Fernando Rocha completam o elenco. Em uma síntese livre da peça original, espécie de “Três Irmãs haicai”, são abordados temas como apatia, caos, medo e desejo de mudança, ecoando as contradições do tempo presente. O espetáculo marcou uma década da fundação da Cia. Estúdio Lusco-fusco, data celebrada no ano passado, e representa o reencontro em cena de Helena Ignez e Djin, mãe e filha na vida real.

Cenas de uma rara videoentrevista gravada em 1995 com o diretor José Celso Martinez Corrêa sobre o processo de criação de ‘As Três Irmãs’ no Teatro Oficina, em 1972, que envolveu o uso de alucinógenos, são projetadas ao vivo, intensificando o jogo entre os tempos e o olhar sobre a peça. A entrevista foi gravada pelo próprio diretor do espetáculo, na época um jovem estudante de teatro.

“O espetáculo de certa forma é mental, na medida em que sua matéria prima é a memória: a minha memória do encontro com Zé Celso, capturada em uma fita VHS; a memória das três irmãs, embriagadas de lembranças de um passado bom e sonhando com um futuro, uma espécie de prisão mental; a própria memória do Zé, trazendo à luz sua experiência de 1972. O público participa desse jogo dos tempos para, quem sabe, percebermos juntos a urgência e beleza de se viver o único tempo possível, o agora, o hoje, o tempo presente, que é o eterno tempo do teatro”, analisa André Guerreiro Lopes.

Neurociência em cena
A cada apresentação, o diretor André Guerreiro Lopes interfere de forma inusitada no espetáculo. Sentado em silêncio vestindo um capacete de eletrodos, sua atividade cerebral, emoções e ondas mentais são captadas e transformadas em impulsos elétricos, que acionam ao vivo uma instalação sonora e visual criada pelo músico Gregory Slivar. A atividade invisível da mente do diretor interfere na ação, controlando frequências que vibram poças d’água e tocam sinos, completando o mosaico desta experiência teatral.

Serviço:
Tchekhov é um Cogumelo
Festival Cena Brasil Internacional: dias 15, 16 e 17, às 19h
Temporada: De 20 de junho a 22 de julho.
Centro Cultural Banco do Brasil / Teatro I: Rua Primeiro de Março, nº 66 – Centro – Rio de Janeiro
Dias e horários: Quarta a domingo, às 19h.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
Lotação: 172 lugares
Duração: 1h30
Classificação indicativa: 14 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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